Título: Grupos acompanham e apóiam pacientes
Autor: Eduardo Nunomura
Fonte: O Estado de São Paulo, 12/06/2005, Vida&, p. A21

.N. GEPETTO E GRAAC: O Grupo Especializado em Pediatria dos Efeitos Tardios do Tratamento Oncológico (Gepetto) surgiu em 1999 pelas mãos do doutor Luiz Fernando Lopes, que tinha acabado de conhecer experiência semelhante nos EUA. A idéia era não perder de vista os pacientes do Hospital do Câncer que há pelo menos oito anos já são considerados curados e ver como elas estão hoje. Com reuniões nas manhãs de quinta-feira, o grupo multidisciplinar acompanha os pacientes e descobre como reduzir os impactos físicos e emocionais de quem teve uma neoplasia. Um banco de dados, hoje com 800 pacientes, permite que a equipe médica desenvolva novos estudos. Já gerou duas teses acadêmicas e há cinco em andamento. O Grupo de Apoio à Criança e ao Adolescente com Câncer (Graac) é uma ONG criada em 1991. Nasceu de uma sala do 9.º andar do Hospital São Paulo, que depois se mudou para uma casinha, que virou um prédio de 11 andares e é hoje uma referência no combate ao câncer infantil. Com a ajuda financeira de grandes empresas e do trabalho de voluntários, o Graac consegue se equiparar com a medicina praticada nos maiores centros do mundo. Mas todo o esforço e padrão de atendimento deveriam ser espalhados por todo o País, reconhece o diretor do hospital do Graac, Antonio Sergio Petrilli. "Em torno de 40% dos casos não estão sendo tratados ou são tratados inadequadamente. Falta acesso. Essa é a nossa luta maior", diz ele.