Título: A receita de eficiência das líderes setoriais
Autor: Daniela Milanese, Graziella V. e Silvia Fregoni
Fonte: O Estado de São Paulo, 17/06/2005, Investimentos, p. H1

Estabelecer a melhor relação entre os ganhos operacionais e financeiros em 2004 com o retorno proporcionado aos acionistas. As empresas que conseguiram equacionar esse desafio com mais eficiência lideraram o corte setorial, novidade do Ranking AE Economática. Foram selecionados os segmentos de alimentos e bebidas, energia, financeiro, siderurgia e mineração, papel e celulose, petróleo e gás, química e petroquímica e também o de telecomunicações e TI.

Para as empresas de energia, 2004 não foi uma maravilha. Tanto que a Tractebel, que se sobressaiu no setor, ficou com a 46.ª posição no ranking geral. Porém, foi a nona melhor do ranking no conceito dividendo/valor patrimonial da ação.

A Aracruz liderou em papel e celulose, com destaque para seu desempenho na relação dividendos/valor patrimonial da ação, além da baixa volatilidade e boa liquidez.

A média de pontos bem equilibrada em todos os conceitos avaliados levou a Comgás ao primeiro lugar no setor de petróleo e gás. O presidente da companhia, Luís Domenech, credita boa parte do desempenho à política de investimentos. "Investimos, só em 2004, R$ 270 milhões, fundamentalmente na expansão da rede", conta.

A Perdigão, que lidera em alimentos e bebidas, mostrou bom equilíbrio em todos os conceitos, com destaque para a oscilação dos papéis.

Na área financeira, Itaú e Bradesco travaram uma disputa acirrada. O vencedor, o Itaú, foi destaque em retorno sobre patrimônio líquido, preço sobre o valor patrimonial da ação, oscilação e volatilidade.

A líder no setor de mineração e siderurgia foi a Belgo-Mineira, que manteve bom equilíbrio entre os indicadores mais importantes, com destaque para a baixa volatilidade e retorno sobre o patrimônio líquido. Isso possibilitou à empresa se colocar à frente de três das companhias com maior liquidez na bolsa (Vale, Gerdau e CSN).

A Copesul teve desempenho acima da média em mais da metade dos conceitos avaliados, o que a levou à liderança do setor e de todo o ranking.

Foi a relação dividendos/valor patrimonial da ação da Telefônica (na bolsa chamada de Telesp Operacional) que colocou a operadora na liderança em telecomunicações e tecnologia da informação (TI).