Título: PIB do 1.º trimestre somou R$ 438 bi
Autor: Nilson Brandão Junior
Fonte: O Estado de São Paulo, 01/07/2005, Economia & Negócios, p. B4

Crescimento ante os R$ 395,682 bilhões no mesmo período de 2004 foi de 2,9%

O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro somou R$ 438,6 bilhões no primeiro trimestre do ano, ante R$ 395,682 bilhões no mesmo período de 2004, informou ontem o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBE). Descontada a inflação, o crescimento foi de 2,9%. Nesse período, a taxa de investimento ficou em 19,9%, maior índice para um primeiro trimestre desde 2001. Mas ainda abaixo do melhor resultado do ano passado, de 20,9%, no terceiro trimestre.

O IBGE também informou que, com a revisão do crescimento do PIB em 2004, de 5,2% para 4,9%, anunciada em maio pelo instituto, o valor da produção total do País encolhe R$ 2 bilhões, de R$ 1,769 trilhão para R$ 1,767 trilhão.

A correção (motivada por uma revisão no desempenho do setor de comunicações) levou, ainda, a uma nova estimativa de aumento da renda per capita no ano, de 3,7% para 3,4%, taxa que continua sendo a maior anual desde 1994. Com isso, o valor nominal da renda per capita também recuou, de R$ 9.973,00 para R$ 9.729,00.

A gerente de contas trimestrais do IBGE, Rebeca Palis, explica que o valor dos investimentos continua crescendo na comparação com o mesmo período de 2004, mas num ritmo muito menor. Nessa base, os investimentos cresceram 19,3% (descontada inflação) no terceiro trimestre de 2004, 9,3% no último e 2,3% no primeiro de 2005. Já na comparação com o trimestre imediatamente anterior, o investimento caiu 3% nos primeiros três meses de 2005.

"Até o primeiro trimestre de 2004, o crescimento estava muito focado na demanda externa e no fim do ano a demanda interna cresceu, elevando o consumo e reduzindo um pouco a poupança", explica Rebeca. Do valor total do PIB, R$ 49,9 bilhões foram impostos sobre produtos. Pela ótica da oferta, o produto interno se divide assim: serviços R$ 223,396 bilhões, indústria R$ 151,724 bilhões e agropecuária R$ 35,893 bilhões.

Já pela ótica da demanda, o PIB do primeiro trimestre se divide assim: o consumo das família totalizou R$ 252,5 bilhões, do governo, R$ 75,854 bilhões; investimentos, R$ 87,466 bilhões; exportação de bens e serviços, R$ 75,613 bilhões; e importações, R$ 57,365 bilhões, mais R$ 4,539 bilhões de variação de estoques.

O saldo das exportações aumentou de R$ 15,4 bilhões para R$ 18,2 bilhões do primeiro trimestre de 2004 para o mesmo período de 2005. Esse resultado favorável aumentou a capacidade de financiamento (comparável ao superávit em conta corrente) da economia de janeiro a março, que cresceu pelo nono trimestre consecutivo, para R$ 7,1 bilhões. O IBGE também identificou que a remessa de juros e dividendos aumentou (R$ 1,585 bilhão) no primeiro trimestre), ante o ano anterior. PIB do 1.º trimestre somou R$ 438 bi Crescimento ante os R$ 395,682 bilhões no mesmo período de 2004 foi de 2,9% ATIVIDADE ECONÔMICA Nilson Brandão Junior RIO O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro somou R$ 438,6 bilhões no primeiro trimestre do ano, ante R$ 395,682 bilhões no mesmo período de 2004, informou ontem o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBE). Descontada a inflação, o crescimento foi de 2,9%.

Nesse período, a taxa de investimento ficou em 19,9%, maior índice para um primeiro trimestre desde 2001. Mas ainda abaixo do melhor resultado do ano passado, de 20,9%, no terceiro trimestre.

O IBGE também informou que, com a revisão do crescimento do PIB em 2004, de 5,2% para 4,9%, anunciada em maio pelo instituto, o valor da produção total do País encolhe R$ 2 bilhões, de R$ 1,769 trilhão para R$ 1,767 trilhão.

A correção (motivada por uma revisão no desempenho do setor de comunicações) levou, ainda, a uma nova estimativa de aumento da renda per capita no ano, de 3,7% para 3,4%, taxa que continua sendo a maior anual desde 1994. Com isso, o valor nominal da renda per capita também recuou, de R$ 9.973,00 para R$ 9.729,00.

A gerente de contas trimestrais do IBGE, Rebeca Palis, explica que o valor dos investimentos continua crescendo na comparação com o mesmo período de 2004, mas num ritmo muito menor. Nessa base, os investimentos cresceram 19,3% (descontada inflação) no terceiro trimestre de 2004, 9,3% no último e 2,3% no primeiro de 2005. Já na comparação com o trimestre imediatamente anterior, o investimento caiu 3% nos primeiros três meses de 2005.

"Até o primeiro trimestre de 2004, o crescimento estava muito focado na demanda externa e no fim do ano a demanda interna cresceu, elevando o consumo e reduzindo um pouco a poupança", explica Rebeca. Do valor total do PIB, R$ 49,9 bilhões foram impostos sobre produtos. Pela ótica da oferta, o produto interno se divide assim: serviços R$ 223,396 bilhões, indústria R$ 151,724 bilhões e agropecuária R$ 35,893 bilhões.

Já pela ótica da demanda, o PIB do primeiro trimestre se divide assim: o consumo das família totalizou R$ 252,5 bilhões, do governo, R$ 75,854 bilhões; investimentos, R$ 87,466 bilhões; exportação de bens e serviços, R$ 75,613 bilhões; e importações, R$ 57,365 bilhões, mais R$ 4,539 bilhões de variação de estoques.

O saldo das exportações aumentou de R$ 15,4 bilhões para R$ 18,2 bilhões do primeiro trimestre de 2004 para o mesmo período de 2005. Esse resultado favorável aumentou a capacidade de financiamento (comparável ao superávit em conta corrente) da economia de janeiro a março, que cresceu pelo nono trimestre consecutivo, para R$ 7,1 bilhões. O IBGE também identificou que a remessa de juros e dividendos aumentou (R$ 1,585 bilhão) no primeiro trimestre), ante o ano anterior.