Título: Obra para completar parque deve levar 11 meses
Autor: Mauro Mug
Fonte: O Estado de São Paulo, 18/07/2005, Metrópole, p. C6

Com a implosão dos Pavilhões 2 e 5 do antigo complexo prisional do Carandiru, o governo do Estado inicia hoje a última fase de obras do Parque da Juventude. Na área de 90 mil metros quadrados, antes ocupada pelos dois prédios, será erguido o Parque Institucional, que abrigará um Pavilhão de Exposições e um teatro. Das sete unidades que compunham a Casa de Detenção, apenas os Pavilhões 4 e 7 serão mantidos, mas passarão por grandes reformas. Os locais vão abrigar uma escola técnica estadual, uma unidade do Acessa São Paulo, o Instituto de Promoção da Saúde e o Núcleo de Artes Integradas. A previsão é que todas as obras sejam concluídas em 11 meses.

O parque começou a ser construído em dezembro de 2002, quando foram implodidos os antigos Pavilhões 6, 8 e 9. A primeira fase do projeto foi inaugurada em setembro de 2003: um parque esportivo de 35 mil metros quadrados, com 10 quadras esportivas, pistas de skate e de cooper, vestiários, lanchonete e estacionamento.

Em setembro do ano passado, foi entregue o Parque Central, uma área verde de 95 mil metros quadrados. Neste trecho, foi preservado o que restou da vegetação nativa de mata atlântica. Um trabalho para despoluir o Córrego Carajás, que passa pelo parque, também foi iniciado e deve ser concluído junto com as outras obras.

A única lembrança concreta do Carandiru é a muralha do presídio. Ali os visitantes poderão refazer o caminho rotineiro dos vigias quando o presídio ainda funcionava. A penitenciária foi desativada no dia 15 de setembro de 2002, após 45 anos de atividades.

O investimento na área, incluindo as implosões dos pavilhões, deve ultrapassar a quantia de R$ 60 milhões. Hoje, o parque recebe a visita de 50 mil pessoas por mês.