Título: Braskem vai à Justiça se queixar do racionamento
Autor: Nicola Pamplona
Fonte: O Estado de São Paulo, 10/08/2005, Especialistas acreditam que a Petrobrás vai espera, p. B9

RIO - O racionamento de gás na Bahia afeta diretamente a Braskem, controladora do Pólo Petroquímico de Camaçari (Grande Salvador). Desde 2002, ela teve seu fornecimento reduzido e hoje só recebe metade dos 1,2 milhão de m3 que tem capacidade para consumir por dia. "Estamos sendo punidos pela nossa eficiência", reclama o vice-presidente de Relações Institucionais da Braskem, Alexandrino de Alencar. Segundo ele, a empresa foi a única indústria baiana a ter o fornecimento reduzido porque tem condições de usar outros energéticos, como óleo combustível e gases residuais de processo. Os 600 mil m3 que deixaram de ser entregues diariamente à Braskem foram redistribuídos entre outros clientes no Estado.

A Braskem reclama que paga mais pelo óleo combustível, o que reduz a rentabilidade das operações. Ela reivindica isonomia de preços entre os combustíveis, pois foi obrigada pela distribuidora a deixar de usar o gás. A questão está na Justiça.

A demanda industrial por gás na Bahia chega a 4,3 milhões de m3 por dia, mas a distribuidora local, Bahiagás, tem só 3,5 milhões de m3 disponíveis.