Título: Governo diz que gasolina deve aumentar
Autor: Alaor Barbosa e Kelly Lima
Fonte: O Estado de São Paulo, 11/08/2005, Economia & Negócios, p. B8

REAJUSTE: A secretária de Petróleo e Gás do Ministério de Minas e Energia, Maria das Graças Foster, disse que é "pouco provável" que o preço do barril do petróleo volte, no curto prazo, à casa dos US$ 40. "Se não voltar aos US$ 40, tem de projetar a rentabilidade da companhia (Petrobras) para frente e, no momento certo, para garantir os negócios da Petrobras nos patamares que ela julgar adequados, ela deverá fazer o reajuste." Maria das Graças, porém, não disse quando haverá um reajuste para a gasolina e o diesel. Ela participou ontem de audiência pública da Comissão de Relações Exteriores da Câmara dos Deputados, para discutir o fornecimento de gás natural pela Bolívia. Maria das Graças disse que a alta do preço do barril do petróleo no mercado internacional, que já chegou a US$ 64, é preocupante para o Brasil, mesmo o País estando próximo da auto-suficiência na produção. "Não poderíamos imaginar uma situação dessas no Brasil se não tivéssemos um nível de produção que temos hoje."

A secretária explicou que a Petrobrás faz uma análise diária em cima do pico e da média do preço do petróleo e que se não houve correção ainda é porque a empresa atua com uma bolsa de combustíveis que permite à companhia ter "algum conforto" de manter os atuais preços, sem reajustá-los. O último aumento dos combustíveis foi em novembro do ano passado.

Com relação ao gás, Maria das Graças disse que para garantir a geração de energia das usinas termoelétricas, mesmo com a falta de gás, estas serão convertidas para operar também com óleo combustível.