Título: Ex-ministro diz que é alvo de calúnia
Autor: João Domingos e Ana Paula Scinocca
Fonte: O Estado de São Paulo, 05/08/2005, Nacional, p. A5

NOTA: O chefe do Núcleo de Assuntos Estratégicos do governo, Luiz Gushiken, classificou ontem como "falsas e levianas" as versões apresentadas, na CPI do Mensalão, pelo deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ), a respeito da influência que o ex-ministro exerceria sobre os fundos de pensão de empresas estatais. "Considero inaceitáveis o teor leviano e o tom de calúnia dessas afirmações", afirma Gushiken, em nota distribuída à imprensa. O ex-ministro destacou, na nota, que os fundos de pensão "obedecem a marcos regulatórios específicos e estão submetidos a amplo leque de instituições de fiscalização e controle". Ele também se defendeu de acusações feitas contra o uso da publicidade oficial do governo, sob o controle da Secretaria de Comunicação (Secom), que chefiava até o mês passado. A íntegra da nota de Gushiken é a seguinte: "Hoje, em depoimento na CPMI da Compra de Votos, o deputado Roberto Jefferson fez declarações que atingem a minha reputação e minha conduta de homem público. Considero inaceitáveis o teor leviano e o tom de calúnia dessas afirmações. São falsas as insinuações e ilações a respeito do meu papel junto aos fundos de pensão, que obedecem a marcos regulatórios específicos e estão submetidos a amplo leque de instituições de fiscalização e controle. No que tange à área de publicidade, reitero novamente que cada órgão da administração direta e indireta (empresas estatais) é responsável pela definição dos valores a serem contratados para ações de publicidade e a respectiva gestão desses recursos. O escopo das atribuições da Secom está amparado na legislação em vigor e que já constava da Lei 9.649 de 1998. Lamento que o atual cenário dê margens para prosperarem inverdades que atingem irresponsavelmente a honra de homens públicos e instauram um clima geral de suspeição, que em nada contribui para o País." Nélia Marquez