Título: Aos poucos, INSS volta à normalidade
Autor: Vânia Cristino e Fabiana Cimieri
Fonte: O Estado de São Paulo, 23/08/2005, Economia & Negócios, p. B5

BRASÍLIA - A semana começou com um pouco mais de tranqüilidade para os usuários que necessitam de atendimento nas agências do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Depois de resistir a voltar ao trabalho, os servidores no Rio de Janeiro e Santa Catarina acabaram participando do esquema especial, que permitiu a abertura de postos de atendimento no sábado. Nem mesmo a greve dos funcionários da empresa de processamento de dados da Previdência Social (Dataprev), que começou na semana passada, atrapalhou o atendimento reforçado. Segundo o INSS, não houve problemas no sistema de informática. A sobrecarga de trabalho vem sendo atendida prontamente pelo esquema de plantão, montado pela diretoria da Dataprev. Se o esquema especial não tivesse sido montado, os segurados poderiam ficar sem atendimento - não por causa dos postos fechados, mas porque o sistema poderia ficar fora do ar.

O INSS avisa aos segurados que o atendimento permanecerá complicado nas próximas semanas. Muitas agências estão cheias e, nos primeiros dias, o horário estendido de duas horas tem sido insuficiente para o atendimento rápido da demanda. O esquema especial de atendimento aos sábados, com as agências abrindo das 8h às 12h continuará nos próximos dois fins de semana.

No Rio, muita gente foi para a fila de madrugada para aguardar a reabertura dos postos. Porém, logo após as primeiras horas, o atendimento se normalizou e os aposentados foram atendidos rapidamente na maioria das agências do Rio.

"Fui atendido em menos de meia hora", contou o vendedor aposentado Lucas Gomes, 82, que tinha ido ao posto em Copacabana para pegar um documento e dar entrada no benefício para sua mulher.

Um pouco mais tumultuado foi o expediente nas agências da gerência norte, com maior número de segurados. Em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, foram registrados 800 atendimentos.

Apesar de ter aprovado o fim da paralisação sexta-feira, o Sindicato dos Servidores da Previdência do Rio manteve os funcionários em estado de greve. Segundo o diretor do sindicato Paulo Américo, os servidores só continuarão a trabalhar caso "não haja distorção do que já foi negociado com o governo e no que estamos encaminhando".