Título: Aço e dólar reduzem lucro das autopeças
Autor: Renata Stuani
Fonte: O Estado de São Paulo, 18/08/2005, Economia & Negócios, p. B15

Os gastos com matéria-prima e a queda do dólar diminuíram lucros e margens das empresas que produzem peças para transporte e motores no segundo trimestre, em comparação com igual período em 2004. Motivo: os preços de insumos como o aço se estabilizaram em nível alto após a escalada de 2004. As receitas subiram, motivadas pela elevada demanda nos mercados interno e externo e também porque as companhias aumentaram os preços dos produtos. Marcopolo, Mangels, Weg, Randon e Iochpe-Maxion tiveram receita líquida total de R$ 2 bilhões no segundo trimestre, com alta de 21,5% em relação ao mesmo per íodo de 2004.

Com exceção da Mangels, as demais conseguiram elevar o volume de exportações em 60%, em média. Mas os ganhos no faturamento externo não foram nessa proporção por causa da variação cambial. As vendas para o exterior da Weg, por exemplo, subiram 35% em dólares no segundo trimestre, mas apenas 9% em reais.

O lucro líquido total das cinco empresas somou R$ 160 milhões no período, queda de 11,3% ante igual trimestre de 2004. A margem de geração operacional de caixa (Ebitda) média recuou de 17,9% para 13,3% entre os dois intervalos.

Segundo representantes das empresas, o preço do aço aumentou cerca de 70% no ano passado. Até agora, porém, a única que confirmou redução no custo foi a Marcopolo. A empresa conseguiu pequenas quedas nos preços de matérias-primas, como aço e alumínio, com os fornecedores Cia. Siderúrgica Nacional (CSN) e Cia. Brasileira de Alumínio (CBA).

O câmbio foi citado por representantes das fabricantes como motivo para reduzir margens. Além das vendas externas, a desvalorização do dólar afetou também os investimentos em controladas no exterior. Segundo o diretor de Relação com Investidores da Weg, Alidor Lueders, a companhia perdeu R$ 35 milhões por causa da variação cambial no segundo trimestre, como resultado dos investimentos em controladas no exterior.

"A atual política de câmbio está destruindo as empresas exportadoras de alto valor agregado", reclama o diretor-geral da Marcopolo, José Rubens de La Rosa. Apesar dos problemas, as companhias não pretendem pô um freio nas exportações. O diretor corporativo e de operação da Randon, Erino Tonon, afirma que a empresa elevou as exportações em 50% no primeiro semestre. "E vamos continuar exportando, pois temos compromissos a cumprir."

Aço e dólar reduzem lucro das autopeças Elevada demanda interna e externa

e preços altos aumentaram a receita CIAS. ABERTAS Renata Stuani Os gastos com matéria-prima e a queda do dólar diminuíram lucros e margens das empresas que produzem peças para transporte e motores no segundo trimestre, em comparação com igual período em 2004. Motivo: os preços de insumos como o aço se estabilizaram em nível alto após a escalada de 2004. As receitas subiram, motivadas pela elevada demanda nos mercados interno e externo e também porque as companhias aumentaram os preços dos produtos.

Marcopolo, Mangels, Weg, Randon e Iochpe-Maxion tiveram receita líquida total de R$ 2 bilhões no segundo trimestre, com alta de 21,5% em relação ao mesmo per íodo de 2004.

Com exceção da Mangels, as demais conseguiram elevar o volume de exportações em 60%, em média. Mas os ganhos no faturamento externo não foram nessa proporção por causa da variação cambial. As vendas para o exterior da Weg, por exemplo, subiram 35% em dólares no segundo trimestre, mas apenas 9% em reais.

O lucro líquido total das cinco empresas somou R$ 160 milhões no período, queda de 11,3% ante igual trimestre de 2004. A margem de geração operacional de caixa (Ebitda) média recuou de 17,9% para 13,3% entre os dois intervalos.

Segundo representantes das empresas, o preço do aço aumentou cerca de 70% no ano passado. Até agora, porém, a única que confirmou redução no custo foi a Marcopolo. A empresa conseguiu pequenas quedas nos preços de matérias-primas, como aço e alumínio, com os fornecedores Cia. Siderúrgica Nacional (CSN) e Cia. Brasileira de Alumínio (CBA).

O câmbio foi citado por representantes das fabricantes como motivo para reduzir margens. Além das vendas externas, a desvalorização do dólar afetou também os investimentos em controladas no exterior. Segundo o diretor de Relação com Investidores da Weg, Alidor Lueders, a companhia perdeu R$ 35 milhões por causa da variação cambial no segundo trimestre, como resultado dos investimentos em controladas no exterior.

"A atual política de câmbio está destruindo as empresas exportadoras de alto valor agregado", reclama o diretor-geral da Marcopolo, José Rubens de La Rosa. Apesar dos problemas, as companhias não pretendem pô um freio nas exportações. O diretor corporativo e de operação da Randon, Erino Tonon, afirma que a empresa elevou as exportações em 50% no primeiro semestre. "E vamos continuar exportando, pois temos compromissos a cumprir."