Título: OS PRINCIPAIS TRECHOS DO DISCURSO
Autor: Leonencio Nossa
Fonte: O Estado de São Paulo, 24/08/2005, Nacional, p. A5

RESPONSABILIDADE: "Tem uma coisa simples que todos nós devemos ter em cada gesto: responsabilidade. E não brincar com coisa séria, porque toda vez que se brincou com economia neste país, por causa da proximidade eleitoral, o resultado negativo ficou para a parte pobre da população." CÂMBIO: "É verdade que os exportadores de soja e os criadores de boi pensam no câmbio. Todo mundo reivindicava o câmbio flutuante. Só que as pessoas deixaram de perceber que o câmbio flutuante flutua. E, se ele flutua, ele flutua para baixo ou para cima. Temos de ter em conta que mesmo com esse câmbio estamos batendo todos os recordes de exportação.Saímos de R$ 60 bilhões para R$ 110 bilhões de exportações, e se Deus quiser, no meio do ano que vem vamos comemorar R$ 120 bilhões."

CULPA: "O presidente não tem para quem reclamar. Eu não tenho para quem pedir ou em quem jogar a culpa."

CRISE: "Vamos aproveitar. Tem uma crise, tem. Vamos tirar proveito para o Brasil sair muito mais fortalecido e democrático e, quem sabe, para que o povo tenha mais riqueza e distribuição de renda."

RETROCESSOS: "Por mais grave que seja a crise política, o povo brasileiro saberá, com sua paciência e maturidade, debelá-la, porque, se depender das ações do governo, nós iremos trabalhar para que o Brasil não conheça e não sofra retrocessos."

CONSCIÊNCIA: "Podem ficar certos de que o povo brasileiro tem consciência de que o que pode acontecer daqui para a frente é melhorar de vida."

INVESTIGAÇÕES: "Essas coisas, quando são feitas com seriedade, são mais demoradas. Muitas vezes, se faz apenas um carnaval com muito barulho, e a conclusão verdadeira demora muito a aparecer, ou nem aparece."

OPORTUNIDADE: "Quero dizer que não jogarei fora essa oportunidade por nada neste mundo."

SERENIDADE: "Este País só vai dar certo se nós agirmos com serenidade e seriedade."

DEMOCRACIA: "É preciso ter a clareza de que a construção deste país só poderá ser feita se as instituições estiverem funcionando, não apenas funcionando bem, mas respeitadas no exercício de suas especificidades, que garantam o exercício pleno da democracia. Sem esses valores, tudo mais será secundário."

MÍNIMO: "Vocês não pensam que neste momento de crise não há quem diga para mim: 'Presidente Lula, o Senado aprovou um salário mínimo de R$ 384, por que o senhor não deixa?' Porque quem aprovou sabia que nenhuma prefeitura e a Previdência podiam pagar. Quem aprovou tinha tido tempo de aprovar porque governa o Brasil há 500 anos. Mas não aprovou."

JUROS: "As pessoas pensam que o Palocci não gostaria de fazer isso (reduzir a taxa de juros). As pessoas pensam que o Palocci é diferente de qualquer um de nós. Ele gostaria, eu gostaria, todo mundo gostaria, o Meirelles gostaria. A gente não baixa porque não é apenas uma questão de vontade."

HERANÇA: "Aqueles que fizeram apenas um gesto político e eleitoreiro quebraram a cara. E vocês sabem o País que herdamos em 2003, não precisa contar, vocês acompanharam."