Título: CMN eleva para R$ 5 mil o limite do microcrédito
Autor: Vânia Cristino
Fonte: O Estado de São Paulo, 01/09/2005, Economia & Negócios, p. B5

Os pequenos empreendedores vão ter mais recursos para ampliar seus negócios. O Conselho Monetário Nacional (CMN) aprovou ontem resolução que modifica as regras do microcrédito produtivo orientado. O limite de empréstimo para o tomador final passará de R$ 1 mil para R$ 5 mil, e 20% do total das operações podem ser feitas com limite de até R$ 10 mil. A taxa de juros mensal permanecerá em 4%, e a taxa de abertura de crédito, antes também de 4%, ficará entre 1% e 3%, dependendo do prazo da operação. As alterações anunciadas pelo CMN deixam o microcrédito produtivo orientado, que pode ser operado por qualquer banco, no mesmo nível das operações do programa financiado com recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT). O Conselho Deliberativo do FAT (Codefat) já havia aprovado essas modificações na reunião de segunda-feira. Mas a deliberação do Codefat só valia para os bancos oficiais federais, operadores do dinheiro do FAT.

O diretor de Normas do Banco Central, Sérgio Darcy, explicou que o microcrédito produtivo orientado também conta com parte dos recursos para o microcrédito de uma forma geral, oriundos de 2% dos depósitos à vista, O microcrédito produtivo orientado precisa de um agente de acompanhamento do negócio, intermediário entre o banco e o tomador do recurso.

O diretor disse que nada mudou para o cliente que vai pegar o dinheiro sem ter como finalidade o pequeno negócio. No caso de consumo ou pagamento de dívidas de pessoas físicas, o microcrédito continua limitado a R$ 600, com 2% de taxa de juros mensal. Para o microempreendedor que só precisa de capital de giro, o limite subiu de R$ 1 mil para R$ 1,5 mil.