Título: Agosto foi o pior mês do emprego na indústria
Autor: Paula Puliti
Fonte: O Estado de São Paulo, 16/09/2005, Economia & Negócios, p. B5

O nível de emprego na indústria paulista, apurado pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), teve em agosto o pior mês do ano, com 3.150 vagas criadas. O número representa alta de 0,15% sem ajuste sazonal ou 0,21% com ajuste nos postos de trabalho. O resultado foi decepcionante, já que em julho foram criados 16.871 empregos, maior nível de 2005. "Agosto mostra crescimento da indústria em torno do zero. A esperança que se acendeu em julho foi vã", lamentou o diretor do Departamento de Pesquisas Econômicas da entidade, Paulo Francini. A se julgar pela série histórica, setembro e outubro devem ser um pouco melhores, por causa do fim do ano. Ainda assim, o emprego industrial paulista, segundo estimativa de Francini, deve encerrar o ano por volta dos 4%, número que já se observa no acumulado de 12 meses (setembro de 2004 a agosto de 2005), com alta de 3,93% ou 80.702 vagas. Em 2004, o nível de emprego medido pela Fiesp teve alta de 7,45%, com a criação de 144.487 postos de trabalho.

Pelo levantamento da Fiesp, o número de setores que demitiram superou os que contrataram (20 e 17, respectivamente). Os setores com variação positiva foram curtimento de couro e peles (8,13%), resultado da ação de uma fábrica que adotou um turno a mais de trabalho, e massas alimentícias e biscoitos (5,10%), por causa do início da produção para o fim de ano. Quem mais demitiu foi relojoaria industrial (7,83%), segmento de pouco peso no indicador, e móveis de junco e vime (1,80%).