Título: Trechos da resolução
Autor: Vera Rosa e Mariana Caetano
Fonte: O Estado de São Paulo, 20/09/2005, Nacional, p. A9

JUROS: O governo deve acelerar a redução das taxas de juros, promover uma ação rápida para acelerar a execução orçamentária e abrir um debate efetivo com os aliados do campo democrático popular sobre o orçamento do próximo ano para, a partir daí, ampliar a discussão com todos os partidos representados no Congresso.

CORRUPÇÃO: É verdade que o PT não adotou mecanismos de controle para combater os desvios que estavam em nosso meio. Nem por isso é aceitável que representantes da elite tentem consagrar-se como inocentes perpétuos. Queremos a punição irrestrita de todos os que cometeram ilegalidades. A resposta apressada ao denuncismo histórico que se instalou é, na verdade, uma pizza de médio prazo.

OPOSIÇÃO: Vários líderes (...), vinculados à era Collor e à era FHC, principalmente do PSDB e do PFL, que se tornaram conhecidos nos momentos mais fortes de dilapidação do Estado, privatizações selvagens, desorganização econômica do País e gravíssimos casos de corrupção, apresentaram-se como os novos salvadores da Nação.

SEVERINO: Comandantes da eleição de Severino Cavalcanti à presidência da Câmara, em que votaram para derrotar o governo, mesmo que isso custasse o aprofundamento da crise de credibilidade das instituições democráticas,hoje sequer pedem desculpas à Nação pela postura irresponsável.

ADVERSÁRIOS: Dirigentes e representantes dos partidos oposicionistas, os novos vestais da moralidade, continuaram articulando duros ataques contra nós. Agora orientam os trabalhos das CPIs num sentido eleitoreiro.

GOLPISMO: O PT e todos os que defendem a democracia devem reagir ao golpismo midiático que pretende inviabilizar o mandato legítimo do presidente Lula, um presidente que continua contando com a confiança dos brasileiros e brasileiras que querem o crescimento econômico, fortes políticas sociais, ampliação da democracia.

DENUNCISMO: O festival denuncista tem finalidades claras: excluir o PT do cenário político nacional, esmagar as esperanças de que os partidos de esquerda podem governar com sucesso o País, fazer o povo esquecer a corrupção sistêmica que eles, como elite, implantaram historicamente.