Título: Palocci vai a almoço de ministros do G-7
Autor: Rolf Kuntz
Fonte: O Estado de São Paulo, 23/09/2005, Economia & Negócios, p. B5

O ministro da Fazenda, Antonio Palocci, participa hoje de um almoço do Grupo dos 7 (G-7) em que os grandes temas devem ser o preço do petróleo, desequilíbrios de balanço de pagamentos e política chinesa de comércio exterior. Ministros das sete maiores economias capitalistas - Estados Unidos, Japão, Alemanha, Grã-Bretanha, França, Itália e Canadá - normalmente se reúnem antes da abertura da assembléia conjunta do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial (Bird), marcada para este fim de semana. O almoço será a abertura desse encontro. Participarão ainda como convidados ministros da China, Índia, Rússia e África do Sul.

Hoje haverá ainda uma reunião preparatória do Grupo dos 24, que congrega representantes de economias em desenvolvimento de todos os continentes.

O ministro das Finanças da França, Thierry Breton, disse que espera dos ministros do G-7 uma posição sobre os preços do petróleo. Segundo o subsecretário do Tesouro americano para assuntos internacionais, Tim Adams, os ministros devem discutir os problemas da oferta de combustíveis e da transparência no mercado.

O secretário do Tesouro dos EUA, John Snow, deve pressionar o colega chinês, Jin Renqing, por uma valorização maior do yuan. A mudança de política anunciada em julho teve efeito meramente simbólico.

Os temas principais do G-7 compõem parte importante da pauta do FMI para esse encontro. Desde o ano passado, os economistas do Fundo apontam os preços do petróleo como possível obstáculo ao crescimento econômico mundial e as cotações continuaram a subir nos últimos 12 meses.

O FMI continua a chamar a atenção para o perigo representado pelo déficit externo dos EUA, acima de US$ 600 bilhões. O déficit tem sido coberto com a compra de títulos americanos por investidores e governos de países superavitários. Um ajuste atabalhoado será danoso para todo mundo, adverte o Fundo.

Os EUA cobram a cooperação de outros países para solucionar o problema e a valorização do yuan seria parte da solução, pois tornaria os produtos menos competitivos. Maior crescimento na Europa também seria importante, pois aumentaria as importações européias.