Título: Parlamentares criticam arquivamento de processos
Autor: Ana Paulo Scinocca e Gisle Guedes
Fonte: O Estado de São Paulo, 24/09/2005, Nacional, p. A8

As declarações do presidente do presidente do Conselho de Ética, deputado Ricardo Izar (PTB-SP), defendendo a possibilidade de arquivar processos contra parlamentares envolvidos em irregularidades, por falta de provas, provocaram reações. Segundo o deputado Chico Alencar (PT-RJ), membro do Conselho de Ética, as declarações do petebista foram "precipitadas". Para Gustavo Fruet (PSDB-PR), integrante da CPI dos Correios, "falar em arquivar processos neste momento dá a impressão de o conselho quer absolver sem critério". Ao defender o arquivamento, Izar disse que faltam provas nos casos de "dois ou três nomes" do total de 16 que estariam envolvidos em irregularidades. Para Chico Alencar, isso é uma espécie de pré-julgamento: "O presidente do Conselho de Ética tem que agir como magistrado no processo. Não deve fazer prejulgamento."

O quarto secretário da Mesa Diretora, João Caldas (PL-AL),comentou ontem que o ex-presidente da Câmara, Severino Calvanti, foi o primeiro a defender punição branda para os envolvidos. "O Severino não podia fazer nada. Já o izar, pode", disse, defendendo o amigo que renunciou. "O Severino foi massacrado aqui neste Casa por muito menos."