Título: Clubes sem consenso sobre a anulação das 11 partidas
Autor: Sílvio Barsetti
Fonte: O Estado de São Paulo, 30/09/2005, Esportes, p. E1

Os clubes envolvidos no escândalo provocado pelo árbitro Edilson Pereira de Carvalho decidiram aguardar a decisão do STJD sobre o caso antes de tomar providências individuais. Essa é a posição de 13 dos 14 envolvidos. Mas uma coisa é certa: não há consenso. Alguns são contra e outros a favor da anulação dos 11 jogos, enquanto há grupos que defendem repetição apenas de algumas partidas do Brasileiro. Os clubes paulistas são exemplo da falta de sintonia. "Sou contra a anulação do jogo do Santos. Seria prejudicar a vítima", diz o diretor de futebol santista, Francisco Lopes. Ele lembrou que o clube venceu o Corinthians por 4 a 2, apesar das declarações de Carvalho de que pretenderia ajudar o adversário. A Ponte Preta também não quer a anulação de seu jogo.

No Corinthians, o vice-presidente de futebol, Andres Sanches, afirma que o assunto está no Departamento Jurídico do clube, mas opinou. "Melhor é refazer os 11 jogos, para que não exista choradeira na definição do campeão e dos rebaixados." Posição semelhante à de Botafogo e Figueirense, que só se dispõem a jogar novamente se as 11 partidas forem anuladas.

No São Paulo, o supervisor Marco Aurélio Cunha afirma que a intenção é aguardar a decisão do STJD, postura idêntica à de Brasiliense, Paysandu, Juventude e Inter. O Fluminense e o Coritiba dizem que vão acatar qualquer decisão do tribunal. O Cruzeiro acredita que os jogos não serão anulados.