Título: Animais domésticos já têm duas feiras
Autor: Andrea Vialli, Marina Faleiros
Fonte: O Estado de São Paulo, 03/10/2005, Economia & Negócios, p. B9

Eventos voltados a profissionais do ramo ditam tendências e trazem novidades

O mercado de produtos e serviços voltados a animais de estimação está tão aquecido que já comporta duas feiras de negócios ligadas ao setor. Uma delas, a Pet South America, que será realizada esta semana em São Paulo, está na quarta edição, com 260 empresas expositoras e um congresso de veterinários especializados em pequenos animais. A outra, a Pet Fair, acontecerá em abril do ano que vem e é mais focada na gestão de pet shops. O estouro do mercado pet no Brasil não é decorrente do aumento da população de cães e gatos, e sim da maior disposição dos seus donos em colocar a mão no bolso. "O mercado tem crescido porque as pessoas se conscientizaram da necessidade de cuidar dos animais com bons produtos", explica Elisandra Porto, coordenadora de marketing da VNU Business Media, empresa realizadora da Pet South America. Segundo ela, houve uma explosão na venda de acessórios, como roupinhas e brinquedos, nos últimos anos. Mas há outros segmentos que estão retomando fôlego, como o de aquários, e o de equipamentos de diagnóstico por imagem. Sim, os animais também fazem exames de raio-X, de modo que as clínicas veterinárias estão investindo nesse tipo de tecnologia.

Os organizadores da Pet South America esperam receber este ano 22 mil visitantes durante os três dias de evento, a maioria profissionais de veterinária, lojistas e distribuidores, uma vez que a feira não é aberta ao consumidor final. "É nítida a profissionalização do mercado pet", completa Elisandra.

De acordo com Osvaldo Gessulli, diretor da Pet Fair, há 20 anos não havia quase nada solidificado no setor, mas hoje, só no Brasil, existem 350 empresas fabricando acessórios para cães e gatos. Além dos pet shops, Gessulli estima que o número de pontos-de-venda de produtos pet ultrapasse 30 mil, quando se leva em consideração supermercados, casas de ração e clínicas veterinárias.

"Descobriu-se que um animal pode curar a depressão e ajuda a formar amizades. Isso é um fenômeno e parece que não vamos parar de crescer tão cedo", diz Gessulli.