Título: Laboratório do Pará recebe material de dois novos focos
Autor: Agnaldo Brito
Fonte: O Estado de São Paulo, 20/10/2005, Economia & Negócios, p. B6

ANÁLISE : A Agência Estadual de Defesa Animal e Vegetal de Mato Grosso do Sul (Iagro) enviou mais dois materiais colhidos de gados de Japorã para o Laboratório Nacional Agropecuário (Lanagro) de Belém do Pará. São mais dois possíveis focos da aftosa no Estado. O laboratório foi o que confirmou os dois novos focos no município, no Sítio Santo Antonio e na Fazenda Guaíba. Segundo Airton Nogueira, coordenador do Lanagro de Belém, os materiais são da mesma região, na cidade de Japorã. A Defesa Civil de Mato Grosso do Sul afirma que há suspeitas nos assentamentos. Enquanto surgem novos focos, os técnicos da Iagro ampliam a área de avaliação. Segundo o coronel e coordenador da Defesa Civil, João Alves Calixto, cada foco determina a investigação em perímetros de 3, 7 e 15 quilômetros no entorno.

Cada novo foco implica observar a região. A Iagro explica que, apesar dos novos focos, o vírus está confinado no perímetro de 25 quilômetros, o que limita o trabalho de defesa sanitária ao território brasileiro, sem necessidade do envolvimento com o Paraguai.

Segundo Nogueira, do Lanagro, até agora não há surpresas em relação à cepa do vírus da aftosa que deve levar ao sacrifício 5 mil animais. O tipo O é conhecido no Brasil e ocorre em áreas não livres de aftosa, como o Pará. Aliás, esta é a razão para o envio do material para Belém.

Não se manipula vírus em regiões consideradas livres de aftosa, como era há poucos dias Mato Grosso do Sul.