Título: Na hora do voto, poucos dizem ter se confundido
Autor: Christiane Samarco
Fonte: O Estado de São Paulo, 24/10/2005, Metrópole, p. C3

Polêmicas à parte, a pergunta do referendo era suficiente para confundir e deixar eleitores em dúvida. Na hora de apertar a tecla 1 ou 2, porém, o paulistano fez sua parte e poucos trocaram os botões. Nem que, para isso, tenham tirado a dúvida em cima da hora. De 141 pessoas ouvidas ontem pela reportagem, em apenas três casos o voto dado pelo eleitor não condizia com sua opinião sobre o comércio de armas de fogo. No dia 12, o Estado mostrou que 29 de 100 paulistanos entrevistados na Praça da Sé fizeram confusão e corriam o risco de errar o voto.

A dona de casa Almerinda Duarte Pereira, de 67 anos, contou com a ajuda das filhas para votar corretamente. Disse que pretendia teclar o número 1 na urna eletrônica. Mas ela é a favor da restrição ao comércio, ou seja, o voto correto é a tecla 2. "No caminho, minha filha disse que eu ia apertar a tecla errada. Na minha cabeça, o sim vem primeiro."

"Eu já vim sabendo que o sim era o 2, mas confesso que é meio confuso", disse Marcos Lourenço, eleitor em Higienópolis. Em Parelheiros, a empregada doméstica Edileuza de Souza quase trocou as teclas. "Me confundi na hora. Sabia que era contra as armas, mas só consegui votar depois de pensar muito, na fila de votação", admitiu.