Título: Total de americanos mortos na guerra chega a 2 mil
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Fonte: O Estado de São Paulo, 26/10/2005, Internacional, p. A16

A morte do sargento texano George T. Alexander, de 34 anos, por ferimentos sofridos este mês num ataque rebelde elevou ontem as baixas dos EUA no Iraque para 2 mil - total simbólico que o Pentágono tentou minimizar. É um dado sombrio para o presidente George W. Bush, que em maio de 2003, menos de dois meses após a invasão, declarou encerradas as grandes operações de combate. Ontem de manhã, Bush preveniu os americanos sobre novas baixas. "Esta guerra exigirá mais sacrifícios, mais tempo e vontade", disse ele na base militar de Bolling, perto de Washington. "Os terroristas são o inimigo mais brutal que já encaramos. Não são limitados por nenhuma noção de humanidade nem por normas de guerra."

Das 2 mil mortes, 140 ocorreram nos dois primeiros meses do conflito. Mais de 90% das baixas, portanto, são resultado da guerra de guerrilhas travada pela resistência iraquiana, formada por remanescentes das forças do ex-ditador Saddam Hussein e outros opositores à ocupação e por terroristas que se infiltraram no país após a invasão. "Esse é um marco artificial fixado por indivíduos ou grupos com fins específicos e motivos ocultos", insistiu o tenente americano Steve Boylan. Pacifistas farão hoje mais de 300 eventos nos EUA para marcar as 2 mil mortes. O New York Times observou que o número de iraquianos mortos na guerra é bem maior: de 26.690 a 30.051, segundo a ONG americana Iraq Body Count.