Título: TAM pede autorização para voar para Londres
Autor: Irany Tereza e Alberto Komatsu
Fonte: O Estado de São Paulo, 28/10/2005, Economia & Negócios, p. B15

A TAM entrou com pedido para voar para Londres. O pedido está na Comissão de Estudos Relativos à Navegação Aérea Internacional (Cernai), órgão da Aeronáutica que determina, junto com o Ministério das Relações Exteriores, a disponibilidade de freqüências internacionais. A companhia aguarda o início de uma nova negociação bilateral entre Brasil e Reino Unido, solicitada pelos britânicos e prevista para janeiro, uma vez que, pelo acordo bilateral vigente, não há mais freqüências disponíveis. "Caso haja ampliação de freqüências, a TAM se habilitará", confirmou a empresa, por meio de sua assessoria. Considerado um dos destinos mais rentáveis no mercado internacional, Londres hoje é atendida pela British Airways e pela Varig. Apesar de o acordo bilateral não limitar o número de bandeiras que cada país pode colocar na rota, uma resolução de 2003 garante a chamada "monodesignação" do lado de cá . Na prática, isso se traduz numa reserva de mercado para a Varig. Mas essa reserva se limita à Europa, Ásia e Oriente Médio e exclui operações que já estavam em andamento antes da resolução. O objetivo é evitar a concorrência ruinosa.

Se a negociação bilateral resultar em novas freqüências, o que é esperado, as chances da TAM dependerão da capacidade da Varig de suprir a demanda. "Se o mercado estiver mal atendido - quando se tem meses de lista de espera e aviões lotados - e a empresa designada não tiver condições de aumentar sua oferta, é permitida a entrada de outras empresas", explica uma fonte da Cernai.

Atualmente a TAM voa para Miami, Paris, Buenos Aires e Santiago do Chile. Em novembro, faz sua estréia em Nova York e inaugura o vôo Recife-Paris. Até dezembro, deverá estrear na rota Manaus-Caracas.

Outra companhia com planos de expansão internacional é a BRA. A empresa já recebeu autorização para voar regularmente para Madri, Lisboa e La Paz, e deve inaugurar os vôos até março de 2006. A BRA conseguiu a autorização para voar para a Europa com facilidade, devido à disponibilidade de freqüências e à incapacidade da Varig de aumentar sua oferta.