Título: Nos EUA, maldição do segundo mandato ainda atormenta
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Fonte: O Estado de São Paulo, 31/10/2005, Inetrnacional, p. A12

WASHINGTON - Escândalos na Casa Branca nos segundos mandatos dos presidentes se transformaram numa norma. O chefe de gabinete de Dwight D. Eisenhower foi obrigado a deixar o cargo por causa de acusações de corrupção. Richard M. Nixon renunciou por causa do Watergate. A Casa Branca de Ronald Reagan foi enredada na trama dos Irã-Contras. Bill Clinton foi ameaçado de impeachment por causa de suas mentiras sobre um caso amoroso com uma estagiária da Casa Branca. Mas a situação do presidente Bush é diferente em vários aspectos. O mais importante, da perspectiva de Bush, é que ele é o primeiro presidente num segundo mandato desde Franklin D. Roosevelt a ter ambas as casas do Congresso sob controle. Os outros escândalos foram impulsionados, ao menos em parte, por investigações do Congresso. Mas é improvável que isso aconteça agora. Segundo Lewis L. Gould, autor do livro A Moderna Presidência Americana, nos últimos 100 anos, "não houve um único segundo mandato bom". Mas, com a exceção do mandato de Nixon, também não acabaram em catástrofe.