Título: Loanda vai decretar estado de calamidade
Autor: Agnaldo Brito e Evandro Fadel
Fonte: O Estado de São Paulo, 02/11/2005, Economia & Negócios, p. B6

A Prefeitura de Loanda, uma das quatro cidades do Paraná interditadas por causa da suspeita de febre aftosa, deverá decretar estado de calamidade pública assim que a assessoria jurídica der o sinal verde. A informação é do prefeito Álvaro de Freitas Neto (PPS), para quem o decreto está sendo exigido pelos produtores de leite, os maiores prejudicados até agora, porque não podem comercializar o produto. A intervenção foi imposta em 21 de outubro e atinge também os municípios de Maringá, Amaporã e Grandes Rios, nos quais a Secretaria de Agricultura disse ter localizado 19 animais suspeitos de portar a febre aftosa. Amaporã e Grandes Rios também analisam a possibilidade de decretar estado de calamidade pública. Maringá, que não depende da agropecuária, descartou a adoção desta medida.

Freitas Neto não soube informar o volume de leite que está sendo jogado fora, mas um único produtor está deixando de vender 1,5 mil litros diários. A oficialização do estado de calamidade dará condições jurídicas para a indenização dos produtores de leite com recursos dos governos federal e estadual. Se confirmada a aftosa, os donos do gado infectado - que terá de ser abatido, assim como todos os animais da propriedade - serão indenizados. Os produtores de leite não têm essa garantia. O estado de calamidade permitirá também que a Prefeitura possa ser ressarcida das despesas com a manutenção de 21 barreiras sanitárias.