Título: Estatais sabiam do esquema, diz Paes
Autor: Eugênia Lopes
Fonte: O Estado de São Paulo, 10/11/2005, Nacional, p. A4

'DE ACORDO': O relator-adjunto da CPI dos Correios, deputado Eduardo Paes (PSDB-RJ), disse ontem que dirigentes da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) e da Eletronorte sabiam que o empresário Marcos Valério havia dado como garantia, para obter empréstimos no Banco BMG (e depois passá-los ao PT), os contratos de publicidade fechados entre suas empresas e as duas estatais. Segundo Paes, o uso dos dois contratos como garantia para os empréstimos - um de R$ 15.72 milhões e outro de R$ 12 milhões - é irregular. Os documentos, diz ele, comprovam que os empréstimos só foram concedidos depois do aval da ECT e da Eletronorte. Em 28 de janeiro de 2004, o BMG emprestou R$ 15,7 milhões para a Graffiti Participações, de Valério. Dois dias antes, a SMPB, que tinha contrato de publicidade com os Correios, autorizou que esse contrato com a estatal fosse dado em garantia pelo empréstimo. A ECT e a Eletronorte negaram, em nota, ter conhecimento do uso dos contratos.