Título: Oposição antecipa funeral da esperança, diz Alencar
Autor: Christiane Samarco, Leonardo Godoy
Fonte: O Estado de São Paulo, 16/11/2005, Nacional, p. A5

O vice-presidente e ministro da Defesa, José Alencar, aproveitou ontem o seu discurso, durante as comemorações da Proclamação da República, em Maceió, para bater duro na oposição. "Não deixem que os opositores do governo antecipem o funeral da esperança", afirmou. Na cerimônia, em que foi inaugurado o Memorial da República, Alencar destacou que, apesar da crise política,"nunca a democracia esteve tão consolidada quanto agora" e o respeito às liberdades individuais é plenamente garantido pelo governo.

Na inauguração de um monumento aos heróis republicanos de Alagoas - os marechais e presidentes Deodoro da Fonseca e Floriano Peixoto -, Alencar também falou da recuperação do poder de compra do salário mínimo, do aumento da renda e do crescimento do número de empregos no País.

Na fala, fez um balanço dos investimentos do governo na área social, lembrando que 3 milhões de nordestinos tiveram acesso ao Fome Zero, por meio do Bolsa Família e de outros programas sociais. E prometeu que 50 milhões de brasileiros terão acesso a uma renda mínima até dezembro de 2006. "No Brasil, a ordem é justa porque o progresso é para todos."

Mais tarde, em entrevista, Alencar atacou a condução da economia, dizendo novamente que "o Brasil fez um pacto com o diabo", ao adotar juros que inibem o crescimento. O vice-presidente elogiou o trabalho da Polícia Federal no combate à corrupção, por investigar "até figurões do governo". Para Alencar, isso mostra o aperfeiçoamento da democracia. "Mas precisamos avançar no campo social", avisou.

ENDIVIDAMENTO

Alencar comentou, também, a situação financeira dos Estados, lembrando que, quando senador, apresentou um projeto que reduzia de 13% para 5% o limite de pagamento do serviço da dívida. "É a melhor forma de se aliviar o endividamento dos Estados, explicou. " À cerimônia, no Memorial, compareceram o governador Ronaldo Lessa (PSB-AL) e os presidentes da Câmara, Aldo Rebelo, e do Senado, Renan Calheiros, todos alagoanos.