Título: Brasil vai participar de reunião do G7
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Fonte: O Estado de São Paulo, 28/11/2005, Economia & Negócios, p. B5

Os ministros das Finanças do G7, o grupo dos países mais ricos do mundo, farão uma reunião na sexta-feira e no sábado para se despedir de Alan Greenspan, presidente do Federal Reserve, o banco central americano. O Brasil foi convidado para participar da reunião e será representado pelo ministro da Fazenda, Antonio Palocci. Os ministros da Índia, China e África do Sul também se juntarão a seus colegas da Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Reino Unido e Japão. Greenspan deixa seu posto no dia 31 de janeiro, após 18 anos presidindo o Fed. Será sucedido pelo economista Ben Bernanke. A reunião do G7 também servirá para analisar a evolução dos desequilíbrios econômicos mundiais detectados na última reunião, que foi realizada em setembro, em Washington, sobretudo a alta do preço do petróleo.

Como preparação para este encontro, os ministros do Tesouro britânico e francês, Gordon Brown e Thierry Breton, viajaram na semana passada para a Arábia Saudita, para estimular os países produtores a aumentar seus investimentos em produção de petróleo.Brown presidirá o encontro do G7.

A reunião do G7 será realizada um dia após a provável elevação das taxas de juros pelo Banco Central Europeu (BCE), a primeira alta desde junho de 2003. Enquanto isso, o Fed vem elevando os juros desde junho de 2004 e deve parar em breve.

A reunião ministerial da Organização Mundial do Comércio (OMC), que se realizará entre os dias 13 e 18 de dezembro, em Hong Kong, será outro tema debatido. É necessário que as negociações para liberalização comercial avancem o suficiente para que a Rodada Doha seja concluída em 2006. Na quinta-feira, Gordon Brown afirmou que o Reino Unido ¿deve indicar o caminho para que se consiga um novo acordo comercial no próximo mês¿, na reunião ministerial da OMC. Brown pediu aos EUA e à UE que ¿reduzam o protecionismo agrícola¿. Pediu avanços nas negociações, para que ¿países como Índia e Brasil possam oferecer a liberalização do setor de serviços e maior acesso a seus mercados.¿