Título: Policial infiltrado no bando foi ao México
Autor: Marcelo Godoy
Fonte: O Estado de São Paulo, 30/11/2005, Metrópole, p. C1

ÔMEGA: No México, aguardavam-no com uma placa com a palavra ômega. Era a senha no aeroporto da capital daquele país para que os imigrantes ilegais identificassem os coiotes. Os criminosos não sabiam, mas aquele homem de cabelos morenos e olhos castanhos era um policial infiltrado. Robson Feitosa da Silva foi ao México verificar quem eram os contatos no país da organização criminosa investigada no Brasil. Aqui, ele hospedara-se em hotéis em Guarulhos, os mesmos usados pelo bando, para conseguir informações e se aproximar de uma das principais acusadas: Vânia Maria Barbosa Bicalho. Para o serviço, Robson teve autorização judicial e recebeu uma nova identidade com documentos feitos pela polícia paulista, a primeira do tipo emitida no Estado. O documento foi fundamental em seus contatos com a organização em São Paulo, Minas, Paraná e México nos dois meses e meio em que esteve infiltrado.