Título: Ribeirão pagou 70% a mais por varrição, diz MP
Autor: Rosa Costa
Fonte: O Estado de São Paulo, 07/12/2005, Nacional, p. A5

INQUÉRITO: A Polícia Civil e o Ministério Público de Ribeirão Preto (SP) estimam que o superfaturamento no valor pago pela prefeitura para sistema de varrição de áreas pública na cidade, feito pelo Grupo Leão Leão entre 2001 e 2004, chegou a 70%. O valor do serviço pago pela administração petista do ex-prefeito e ministro da Fazenda, Antonio Palocci, e de seu sucessor, Gilberto Maggioni, superava R$ 1 milhão/mês, e caiu para R$ 600 mil na atual administração. A mudança ocorreu após a constatação de que o total varrido em contrato era até dez vezes maior do que a distância existente. É o caso do Bosque Municipal, cujas ruas, vielas e praças têm cerca de 4,5 quilômetros de distância, mas cujas planilhas pagas pela prefeitura ao Grupo Leão Leão apontavam entre 46 e 48 quilômetros limpos diariamente. "É uma aberração o que aconteceu aqui", disse o delegado Benedito Antonio Valencise, responsável pelo inquérito que apura superfaturamento, peculato e falsidade ideológica na coleta de lixo e varrição em Ribeirão Preto.

Valencise e o promotor Aroldo Costa Filho vistoriaram ontem ruas e praças varridas pelos funcionários do Leão Leão no Bosque Municipal da cidade.