Título: PRINCIPAIS TRECHOS
Autor: Tânia Monteiro
Fonte: O Estado de São Paulo, 08/12/2005, Nacional, p. A4

FOGO AMIGO: "Não existe a palavra fogo amigo... quero dizer que o dia que tomar uma queimada você vai perceber que não tem fogo amigo, mesmo que seja a tua esposa que te queime você vai sentir a dor."

VALERIODUTO: "Eu não sei quem sabia. O Delúbio assumiu a responsabilidade pela parte do PT, pela parte que ele fez, assumiu a responsabilidade na CPI. O dado concreto e objetivo disso é que nós temos a Polícia Federal apurando, temos uma CPI, um Ministério Público que, depois, vai resolver tudo isso e vai encaminhar ao Judiciário para que chegue ao processo."

TRAIDOR: "Eu não citei nome de traidor, eu disse que tinha havido traição a mim, que me sentia traído, porque o PT nasceu para combater essa prática política, o PT não precisava dessa prática política, até porque não é o dinheiro que faz uma pessoa ganhar as eleições."

DIRCEU: "Eu levaria o José Dirceu para o palanque, até porque ele foi cassado e não foi provado nada contra ele. Até agora não vi nenhuma acusação que possa dizer: o Dirceu cometeu um delito. Vamos esperar, então, que se prove se houve delito. Qual é a acusação que foi provada, que justificou a cassação do Dirceu? Não foi provado que tinha mensalão. Dirceu sofreu uma acusação, o acusador foi cassado porque não provou as acusações e Dirceu foi cassado porque se jogou em cima dele a responsabilidade."

CAIXA 2: "Há uma história neste país e o PT não poderia ter entrado nela, porque nasceu para combater isso. Quem fez isso praticou um erro abominável contra a história do PT, que vai amargar muitos anos para recuperar a credibilidade. E eu estarei do lado do PT. Não pense que fiquei inibido de ser petista, pelo contrário, agora estou mais orgulhoso. Acho o seguinte: nós também não somos infalíveis, cometemos erros e quando cometemos erros, temos de pagar e pagar forte. A sociedade precisa nos cobrar sistematicamente, de forma implacável, para que a gente seja uma referência ética no País e quero estar junto de todos os que estiverem dispostos a fazer isso."

EMPREGOS: "Em nenhum momento afirmamos que íamos criar (10 milhões de empregos). Afirmamos que o Brasil precisava de 10 milhões de empregos e colocávamos as condições pelas quais poderia criá-los."

CRÍTICAS: "Quem não está com a responsabilidade de colocar o guizo no pescoço do gato tem mais facilidade para dizer as coisas. Quando as pessoas falam em mudança na política econômica, o que querem dizer na verdade? Baixar a taxa de juros alguns; é a única mudança que querem, outra que eles querem é superávit. É isso que querem e essas coisas não são feitas com um toque de mágica."

PALOCCI: "É mais fácil as pessoas dizerem: é que nem time de futebol, não está bem, então troca o técnico. Aí, fica trocando o técnico. Não, acho que temos de acertar com as pessoas que têm competência para acertar e acho que as coisas estão indo para o ponto que devem ir. Qual é o ponto? É garantir que o Brasil tenha, durante alguns anos, um ciclo virtuoso de crescimento, para que a gente possa devolver à sociedade o estado de bem-estar social que ela perdeu nos últimos 25 anos."

INFLAÇÃO: "Estamos provando que é possível crescer com inflação baixa. O Brasil tinha uma cultura que, toda vez que decidia crescer, a inflação ultrapassava dois dígitos. Queremos provar que o País pode crescer com inflação baixa, porque isso significa ganhos salariais para os que vivem de salário, sobretudo para os mais pobres."

JUROS: "As pessoas muitas vezes se queixam, e às vezes eu penso que têm razão, às vezes penso que não, dos juros altos. A média de juros nestes 36 meses de governo é praticamente metade da média dos últimos 15 anos. Vamos caindo de acordo com a necessidade de manter a inflação equilibrada, porque se a gente permitir que a inflação descambe, todo mundo sabe que é difícil controlar."

BRONCA: " Eu chamei a atenção do ministro Paulo Bernardo quando ele falou de política de ajuste fiscal de longo prazo antes de se transformar em política de governo. Eu não posso pensar uma coisa e sair falando, eu até posso, mas nenhum ministro pode pensar uma coisa e sair falando, antes de se transformar em política de governo."

PIB: "Quando caiu o PIB no terceiro trimestre, todo mundo ficou nervoso. Eu fiquei chateado e disse isso. Mas no quarto trimestre já temos um processo de recuperação da economia. São números totalmente positivos. Estamos conscientes de que o que estamos fazendo tem dado resultado extraordinário."