Título: Região mantém média de chuvas
Autor: Liège Albuquerque
Fonte: O Estado de São Paulo, 09/12/2005, Vida&, p. A18

Índice geral foi normal; só no Tocantins choveu menos

As chuvas medidas em novembro pelo Sistema de Proteção da Amazônia (Sipam) mostram que só Tocantins teve chuvas abaixo da média - entre 90 e 100 milímetros, ante uma média, no período, de 150 a 250 mm. No Amapá, no Maranhão e no centro-norte do Pará, algumas regiões também tiveram índices abaixo do normal, especialmente o sul do Pará, área mais atingida pelos desmatamentos. Ali, a chuva alcançou 100 a 150 mm, abaixo dos 150 a 200 mm habituais.

"Em novembro, no Amazonas, de ponta a ponta, choveu a média normal para o mês, de 150 a 250 milímetros", disse o meteorologista Ricardo Dallarosa.

Segundo o Serviço Geológico Nacional (CPRM), o Rio Negro, onde uma régua num dos portos de Manaus mede desde 1902 as cheias e vazantes, apontava 19,22 metros na terça-feira. A média desse dia, historicamente, é 19 metros. De acordo com o supervisor de Hidrologia, Daniel Oliveira, a seca deste ano é a 7ª pior desde 1902. "O dia em que a vazante atingiu seu máximo foi 25 de outubro, com 14,75 metros no Rio Negro." A maior seca é a de 1963, quando o rio atingiu 13,64 metros.

No fim de março, o CPRM sempre anuncia a previsão do período de cheias, de março a julho. A maior já registrada foi a de 1953, quando o Rio Negro atingiu 29,69 metros.