Título: Para Força Sindical, juro alto prejudica negociações
Autor: Renée Pereira e Gustavo Freire
Fonte: O Estado de São Paulo, 15/12/2005, Economia & Negócios, p. B1

A Força Sindical acredita que os juros altos vão comprometer as negociações salariais do primeiro semestre. O presidente da entidade, Paulo Pereira da Silva, ressaltou que o País termina o ano com a maior taxa básica de juros do mundo. "O corte de 0,5 ponto é positivo, mas insuficiente para deslanchar a economia." Para a CUT, o Banco Central perdeu a oportunidade de adotar medidas que poderiam acelerar o crescimento do País. "Havia condições macroeconômicas para isso, mas outra vez optou-se pela posição mais conservadora", disse Arthur Henrique, secretário-geral da CUT.

Silva credita ao juro parte da responsabilidade pela queda de 1,2% no PIB no terceiro trimestre. "O conservadorismo do Copom provocou conseqüências drásticas. A produção e o consumo caíram e diminuiu a criação de postos de trabalho, aumentando a exclusão de brasileiros do mercado de trabalho."