Título: Ministérioda Justiçacontestacríticas do PR
Autor: Lígia Formenti e Rodrigo Morais
Fonte: O Estado de São Paulo, 14/12/2004, Metrópole, p. C-5

O Ministério da Justiça divulgou ontem umanota contestando as críticas do secretário de Segurança Pública do Paraná, Luiz Fernando Delazari, à forma do repasse de verbas aos Estados feita pelo Fundo Nacional de Segurança Pública em 2004.Em entrevista ao Estado, Delezari afirmou que o Paraná deverá romper com o Sistema Único de Segurança Pública (Susp) em virtude da expectativa de redução de recursos destinada para a área. Na nota, o ministério afirma que, em 2003, o governo federal repassou para o Paraná R$ 13 milhões referentes a restos a pagar de 2002. A Secretaria Nacional de Segurança Pública também firmou convênios com o Estado que somaram R$ R$ 6,8 milhões. Este ano, o Paraná recebeu R$ 4,3 milhões em recursos para financiamento de projetos e R$ 1,9 milhão para a aquisição de veículos policiais. A nota contesta ainda a acusação feita pelo secretário de que, em 2005, os recursos previstos pelo Fundo para o Paraná seriam reduzidos. Segundo oministério, o valor das assinaturas de convênios para 2005 não foi definido, pois o repasse de recursos depende da aprovação dos projetos dos Estados. Este ano, os recursos do Fundo totalizaram R$ 301,8 milhões, enquanto no ano passado chegaram a R$ 305,3 milhões. NORMALIDADE Missão cumprida e retorno à normalidade. Essa é a avaliação do secretário de Segurança do Espírito Santo, Rodney Miranda, sobre a primeira intervenção da Força Nacional de Segurança Pública, encerrada no sábado. A tropa de elite federal, composta por 146 policiais, ficou 12 dias em Vitória. Miranda negou qualquer relação entre a saída da Força Nacional e o alto número de homicídios registrados no fim de semana: 14 mortes entre as 19 horas de sexta-feira e o mesmo horário de domingo, além de 10 tentativas de assassinato. ¿Nossa avaliação é extremamente positiva. A missão foi cumprida¿, disse Miranda, para quem é mínima a possibilidade de repetirem-se os ataques ocorridos em novembro, quando dez ônibus foram incendiados. ¿Era uma retaliação pela prisão de lideranças do tráfico, crescimento nas apreensões de drogas e endurecimento do regime prisional.¿ De50 pessoas identificadas como responsáveis pelos ataques, 30 estão presas.