Título: ProUni divulga áreas das vagas restantes
Autor: Lisandra Paraguassú
Fonte: O Estado de São Paulo, 13/01/2005, Nacional, p. A5

Dois dos cursos superiores mais caros e concorridos no País, medicina e odontologia, já não têm vagas disponíveis no programa Universidade para Todos (ProUni). Tanto as bolsas integrais quanto as parciais foram preenchidas nas duas primeiras etapas de seleção. Direito e engenharia, outros cursos bastante concorridos, ainda oferecem alguns lugares na terceira etapa de inscrições, aberta ontem. Já nos cursos de licenciatura, para formação de professores, ainda há mais de 5 mil bolsas disponíveis.

Nessa etapa apenas estudantes afrodescendentes têm condições de encontrar vaga nas áreas de medicina ou odontologia, mas são poucas. Na primeira, restam oito bolsas integrais e 54 parciais no sistema de cotas. Em odontologia, são quatro integrais e 49 parciais. Nos demais cursos ainda há número significativo de bolsas: 16,6 mil, sendo 12,8 mil para afrodescendentes e indígenas.

Em três Estados - Acre, Alagoas e Roraima - não há mais bolsas integrais em nenhum curso, com ou sem cotas. Em Roraima acabaram também as bolsas parciais. Em São Paulo, 98% das bolsas integrais e 90% das parciais estão preenchidas, mas sobraram 11% das integrais e 52% das parciais no sistema de cotas.

O ministério já estuda o que fazer se as 16,6 mil vagas não forem preenchidas com essa terceira seleção. "A lei nos autoriza a tomar as medidas necessárias. Não vamos permitir vagas não preenchidas", disse o ministro. Uma das alternativas é deixar de usar o Enem em uma quarta seleção, analisando as notas do candidato durante o ensino médio.

É preciso que o candidato tenha feito pelo menos 45 pontos em um dos três últimos Enem, além de estar dentro dos critérios de renda e ter cursado o ensino médio em escola pública ou ser professor de escola pública. Pessoas que se encaixam nos critérios e já estejam cursando o ensino superior também podem se candidatar.