Título: Colômbia: ministro oferece renúncia
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Fonte: O Estado de São Paulo, 18/01/2005, Internacional, p. A14

Depois de admitir que seu país pagou uma recompensa para as pessoas que capturaram um dirigente da guerrilha Forças Armadas Revolucionária da Colômbia (Farc) em território venezuelano, o ministro da Defesa colombiano, Jorge Alberto Uribe, disse-se ontem disposto a renunciar se isso ajudar a resolver o caso. Uribe - que não tem parentesco com o presidente do país, Álvaro Uribe - declarou que a crise com a Venezuela é "tema de maior importância". "Só não podemos deixar que se apresente como seqüestro a captura de alguém que tem um longuíssimo histórico de seqüestrador." A crise teve origem em dezembro, quando o "chanceler" das Farc, Rodrigo Granda, desapareceu em Caracas. Dias depois, sua prisão foi anunciada pela Colômbia. Na semana passada, o presidente venezuelano, Hugo Chávez, suspendeu todos os laços comerciais e diplomáticos com os colombianos, exigindo desculpas públicas do presidente Uribe.

Ontem, o governo da Colômbia havia prometido aportar provas sobre a presença de sete líderes das Farc - que os EUA consideram "organização terrorista". O governo do Peru se ofereceu para mediar a crise entre os dois países.

Um fonte do governo colombiano citada pela agência France Presse afirmou ontem que o nome de Granda estava incluído numa lista de procurados pela Interpol desde janeiro de 2004.