Título: Taxa de juro continua sob vigilância do BC
Autor: Jacqueline Farid
Fonte: O Estado de São Paulo, 15/01/2005, Economia, p. B1

PERSPECTIVAS: Uma política monetária cautelosa, com monitoramento permanente dos juros de olho na trajetória dos preços, será o caminho do Banco Central para tentar atingir a meta de IPCA de 5,1% em 2005, considerada muito ambiciosa pelos economistas. O diretor de macroeconomia do Ipea, Paulo Levy, não acredita em aperto "muito forte" dos juros no ano, mas avalia que a tendência da inflação em alta vai exigir atenção do Comitê de Política Monetária (Copom), que define os juros. As previsões para a inflação vão de 5,3% a 5,7%, sob pressão especialmente das tarifas de telefone fixo e energia elétrica. Em 2004, segundo dados da Economática, o Brasil teve a segunda maior taxa inflacionária (IPCA de 7,6%) entre sete países latino-americanos, atrás apenas da Venezuela (19,18%). O levantamento da consultoria mostra que os índices de inflação foram mais baixos na Argentina (6,1%), Colômbia (5,51%), México (5,19%), Peru (3,78%) e Chile (2,43%).