Título: Superávit do governo cresce 25,7%
Autor: Lu Aiko Otta
Fonte: O Estado de São Paulo, 28/01/2005, Economia, p. B5

RESULTADOS: As contas do governo central, composto pelo Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central, fecharam o ano com um saldo positivo de R$ 49.388 bilhões. O valor é 25,7% superior aos R$ 39,289 bilhões registrados em 2003 e está R$ 1,788 bilhão acima da meta fixada pela Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO). Esse número não é usado como critério pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), que monitora também o resultado de Estados, municípios e empresas estatais. O dado que interessa ao FMI será divulgado hoje pelo Banco Central. O FMI começa hoje seus contatos para a última revisão do programa com o Brasil. Em dezembro, o governo central teve um déficit de R$ 2,754 bilhões, o pior do ano. O Tesouro, isoladamente, teve um superávit de R$ 3,988, resultado de receitas de R$ 48,154 bilhões e despesas de 44,565 bilhões. No entanto, a Previdência registrou déficit de R$ 6,603 bilhões e o Banco Central, um saldo negativo de R$ 139 milhões. Ao contrário do que ocorre tradicionalmente, o Tesouro fechou o mês no azul. Em dezembro de 2003, havia registrado déficit de R$ 1,727 bilhão. A piora no resultado fiscal é esperada porque em dezembro há uma concentração de despesas, com pagamento de décimo terceiro e férias do funcionalismo e o crescimento nos desembolsos com os gastos de investimento e custeio. Levy, porém, não entrou em detalhes sobre o que determinou o superávit de dezembro. As receitas aumentaram de R$ 358,883 bilhões, em 2003, para R$ 423,688 bilhões, em 2004. No mesmo período, a despesa passou de R$ 359,367 bilhões para R$ 306,724 bilhões. Dessas, o gasto com pessoal passou de R$ 78,068 bilhões para R$ 87,728 bilhões, enquanto as despesas com custeio e investimento subiram de R$ 72,451 bilhões para R$ 91,068 bilhões.