Título: Nova safra deve crescer 13,3%
Autor: Jacqueline Farid
Fonte: O Estado de São Paulo, 28/01/2005, Economia, p. B18

A safra agrícola vai contribuir mais uma vez para segurar a inflação de 2005, assim como ocorreu em 2004, na avaliação do chefe da coordenação de agropecuária do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Carlos Alberto Lauria. Ontem, ele divulgou a previsão do recorde de 134,9 milhões de toneladas para este ano, com crescimento de 13,3% ante os 119 milhões de toneladas do ano passado. A projeção é quase a mesma da anunciada no mês passado. As previsões de crescimento para o ano passado, entretanto, acabaram não se confirmando. Ontem, o IBGE confirmou a queda de 3,7% na safra 2004 ante a safra 2003. Mesmo com a queda, porém, os produtos alimentícios contribuíram para evitar uma alta maior no Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que fechou o ano em 7,6%. O grupo de alimentos e bebidas, favorecido pelo câmbio e a safra, apresentou variação anual abaixo da média, de 3,9%, a menor entre os grupos pesquisados.

Com o exemplo de contribuições positivas da safra para a inflação em 2005, Lauria citou o milho, cujo aumento na produção na primeira safra será de 4,6% ante a safra anterior, totalizando 32,5 milhões de toneladas, ou cerca de 35% da safra total prevista. Segundo ele, o produto é um importante insumo para alimentação de aves e suínos, o que poderá reduzir os custos e os preços dessas carnes.

Outro exemplo citado é o arroz, cuja produção prevista de 13 milhões de toneladas ficará acima do consumo brasileiro anual (em torno de 12 milhões de toneladas), contribuindo também para segurar os preços desse produto, que tem forte peso na inflação.

SOJA

Além de segurar a inflação, a safra deverá contribuir também para o crescimento das exportações. A soja, principal produto agrícola da pauta de exportações brasileira, terá uma safra recorde de 63,4 milhões de toneladas, 29% superior à colheita de 2004, segundo a estimativa apresentada ontem pelo IBGE. Lauria disse que o crescimento significativo deverá ocorrer, apesar dos baixos preços atuais do produto, porque os demais grãos também estão com cotação baixa. Além disso, segundo ele, a soja tem forte liquidez, com comercialização certa no mercado internacional.

No ano passado, a safra de soja atingiu 49,2 milhões de toneladas, com queda de 4,39% na comparação com a safra anterior. O produto responde por cerca de 41% da safra brasileira e, neste ano, o maior incremento de produção deverá ocorrer na principal região produtora, o Centro-Oeste, cuja safra do produto deverá crescer 28,4%.

Segundo Lauria, a safra abaixo das estimativas no ano passado, tanto da soja quanto em geral, foi resultado dos problemas climáticos, especialmente a estiagem ocorrida na região Sul do País.

O chefe da coordenação de agropecuária do IBGE alertou que o mesmo problema poderá afetar a safra 2005, já que, após a pesquisa realizada na primeira quinzena de dezembro - e cujos resultados foram divulgados ontem -, houve informações de fortes estiagens no Rio Grande do Sul, o que poderá puxar para baixo a estimativa da safra deste ano divulgada ontem. A próxima projeção, relativa a pesquisa realizada em janeiro, será apresentada pelo IBGE no dia 23 de fevereiro.

A safra agrícola vai contribuir mais uma vez para segurar a inflação de 2005, assim como ocorreu em 2004, na avaliação do chefe da coordenação de agropecuária do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Carlos Alberto Lauria. Ontem, ele divulgou a previsão do recorde de 134,9 milhões de toneladas para este ano, com crescimento de 13,3% ante os 119 milhões de toneladas do ano passado. A projeção é quase a mesma da anunciada no mês passado. As previsões de crescimento para o ano passado, entretanto, acabaram não se confirmando. Ontem, o IBGE confirmou a queda de 3,7% na safra 2004 ante a safra 2003. Mesmo com a queda, porém, os produtos alimentícios contribuíram para evitar uma alta maior no Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que fechou o ano em 7,6%. O grupo de alimentos e bebidas, favorecido pelo câmbio e a safra, apresentou variação anual abaixo da média, de 3,9%, a menor entre os grupos pesquisados.

Com o exemplo de contribuições positivas da safra para a inflação em 2005, Lauria citou o milho, cujo aumento na produção na primeira safra será de 4,6% ante a safra anterior, totalizando 32,5 milhões de toneladas, ou cerca de 35% da safra total prevista. Segundo ele, o produto é um importante insumo para alimentação de aves e suínos, o que poderá reduzir os custos e os preços dessas carnes.

Outro exemplo citado é o arroz, cuja produção prevista de 13 milhões de toneladas ficará acima do consumo brasileiro anual (em torno de 12 milhões de toneladas), contribuindo também para segurar os preços desse produto, que tem forte peso na inflação.

SOJA

Além de segurar a inflação, a safra deverá contribuir também para o crescimento das exportações. A soja, principal produto agrícola da pauta de exportações brasileira, terá uma safra recorde de 63,4 milhões de toneladas, 29% superior à colheita de 2004, segundo a estimativa apresentada ontem pelo IBGE. Lauria disse que o crescimento significativo deverá ocorrer, apesar dos baixos preços atuais do produto, porque os demais grãos também estão com cotação baixa. Além disso, segundo ele, a soja tem forte liquidez, com comercialização certa no mercado internacional.

No ano passado, a safra de soja atingiu 49,2 milhões de toneladas, com queda de 4,39% na comparação com a safra anterior. O produto responde por cerca de 41% da safra brasileira e, neste ano, o maior incremento de produção deverá ocorrer na principal região produtora, o Centro-Oeste, cuja safra do produto deverá crescer 28,4%.

Segundo Lauria, a safra abaixo das estimativas no ano passado, tanto da soja quanto em geral, foi resultado dos problemas climáticos, especialmente a estiagem ocorrida na região Sul do País.

O chefe da coordenação de agropecuária do IBGE alertou que o mesmo problema poderá afetar a safra 2005, já que, após a pesquisa realizada na primeira quinzena de dezembro - e cujos resultados foram divulgados ontem -, houve informações de fortes estiagens no Rio Grande do Sul, o que poderá puxar para baixo a estimativa da safra deste ano divulgada ontem. A próxima projeção, relativa a pesquisa realizada em janeiro, será apresentada pelo IBGE no dia 23 de fevereiro.