Título: Comerciantes temem queda nas vendas de última hora
Autor: Mariana Pinto
Fonte: O Estado de São Paulo, 24/12/2005, Metrópole, p. C1

A bomba que explodiu no fim da tarde de ontem não chegou a causar um grande impacto no movimento das lojas da 25 de Março e região. Segundo os lojistas, o horário de pico já havia sido registrado pela manhã e antes das 16 horas, quando ocorreu o atentado. Mas o temor é o de que as pessoas ainda estejam assustadas para ir às compras hoje, na véspera de Natal, dia em que era esperado um grande movimento, sobretudo na parte varejista, levando em conta quem deixou os presentes para a última hora. Antes de saber detalhes de fabricação da bomba, a União dos Lojistas da 25 de Março (Univinco) informou que os comerciantes estavam "chateados" com a explosão, por "já terem avisado as autoridades sobre o comércio clandestino de fogos de artifício" na rua. A entidade, no entanto, não arriscou nenhum palpite sobre as causas do atentado.

O comerciante Elias Âmbar, diretor da Univinco e proprietário de uma loja de armarinhos, disse que com a explosão as pessoas começaram a correr para todos os lados, "tropeçando umas nas outras e entrando nas lojas". "Foi um susto muito grande, porque depois do barulho começaram a chegar muitos carros de polícia pela contramão. Havia muitos guardas e as ruas foram cercadas. O pessoal que não é daqui ficou com muito receio mesmo."

PORTAS FECHADAS

A região da explosão foi fechada pela Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), para facilitar o trabalho da perícia. Alguns comerciantes baixaram as portas. Âmbar, que não quis apontar nenhuma causa provável da explosão, também fechou o estabelecimento por alguns minutos. "Falaram que foi bomba caseira, mas não dá para ter certeza disso, seria prematuro demais."