Título: Com Collor, a mesma confusão
Autor: Ricardo Brandt
Fonte: O Estado de São Paulo, 29/12/2005, Nacional, p. A4

Nunca ninguém antes, neste País, tentou consertar tantas estradas, tão apressadamente, como o presidente Fernando Collor de Mello - nem teve de revogar o decreto no dia seguinte, porque previa dar obras sem licitação. Era junho de 1990 e Collor vivia seu terceiro mês no Planalto quando anunciou, com o alarde habitual, o plano SOS Rodovias. A meta era recuperar até o final do ano quase 36 mil quilômetros de estradas federais, a um custo de Cr$ 25,6 bilhões (cerca de US$ 500 milhões). Informado de que o decreto era ilegal, o presidente retirou o texto e mandou outro, que demorou meses para ser implantado. Mesmo assim, a licitação acabou ignorada em mais da metade dos projetos.