Título: Alemanha liberta seqüestrador
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Fonte: O Estado de São Paulo, 21/12/2005, Internacional, p. A15

O governo alemão confirmou ontem a libertação do libanês Mohamed Ali Hamadi, membro do grupo Hezbollah, que cumpria pena de prisão perpétua na Alemanha. As autoridades alemãs negaram que a libertação de Hamadi, ocorrida há uma semana, tenha alguma relação com o fim do seqüestro no Iraque da arqueóloga alemã Susanne Osthoff, mantida três semanas como refém. Hamadi cumpriu 19 anos de prisão, de uma pena perpétua, pelo seqüestro em 1985 de um avião da TWA e o assassinato do fuzileiro naval americano Robert Dean Stethem. Um porta-voz do Ministério de Justiça disse que Hamadi foi libertado de uma prisão na Renânia do Norte-Westfália depois que sua pena foi revisada. Segundo o código penal alemão, a pena perpétua não implica que o condenado tenha de passar o resto de seus dias na prisão. A pena pode ser reduzida para 15 ou 20 anos após uma revisão da Justiça. Um funcionário de segurança do Líbano e um membro da guerrilha Hezbollah disseram que Hamadi voltou para Beirute.

O vôo 847 da TWA, que seguia de Atenas para Roma, foi seqüestrado em 14 de junho de 1985 e desviado para Beirute, onde os seqüestradores mataram o marine de 23 anos e jogaram seu corpo na pista do aeroporto. Testemunhas disseram que Hamadi bateu no marine e o engenheiro de vôo do avião testemunhou em 1989 que Hamadi se gabou de ter matado Stethem.