Título: Orçamento de SP pode ficar sem votação
Autor: Elizabeth Lopes
Fonte: O Estado de São Paulo, 23/12/2005, Nacional, p. A9

Alckmin diz que, caso não haja aprovação, vai executar a proposta que enviou à Assembléia

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, admitiu ontem que o orçamento estadual dificilmente será votado este ano pela Assembléia. "Este ano, acho difícil votar o orçamento. Seria ideal que ele fosse votado, mas não tem problema porque a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) é muito clara ao dizer que, se não tem orçamento votado, aplica-se a proposta orçamentária", afirmou. O tucano evitou comentar se a dificuldade em aprovar o orçamento do Estado de São Paulo seria uma retaliação pela não-aprovação do orçamento federal, em Brasília. "É uma mistura, como em Brasília não se aprova, não querem aprovar o orçamento aqui também", limitou-se a dizer. Apesar da afirmação, o governador disse que não pode reclamar da Assembléia, porque, fora o orçamento, os parlamentares votaram tudo o que estava em pauta.

Alckmin poupou de críticas até a bancada do PT. "Não posso reclamar nem do PT, pois não tem criado problemas." E completou: "Divergências são naturais, mas o objetivo é um só: servir ao povo de São Paulo".

O governador participou, na manhã de ontem, de um evento no Hospital Santa Marcelina, na zona leste da capital, na qual o governo liberou cerca de R$ 5 milhões para o hospital.

Em seguida, Alckmin participou da inauguração do novo espaço de atividades do Projeto Joaninha, desenvolvido pelo Balé Stagium. Este pólo, localizado no Parque Estadual Fontes do Ipiranga, na zona sul de São Paulo - onde antes funcionava a Febem Imigrantes -, teve as obras de reforma custeadas pelo Instituto Camargo Corrêa. Foram investidos R$ 401 mil para a instalação de salas de aula, camarins e sanitários. A parceria com o Instituto Camargo Corrêa também deve se repetir no projeto para a Febem Tatuapé.