Título: Dono de carro flex fica em dúvida na hora de abastecer
Autor: Nicola Pamplona
Fonte: O Estado de São Paulo, 07/01/2006, Economia & Negócios, p. B3

A alta do preço do álcool deixou confusos os donos de veículos flex, que podem ser abastecidos com gasolina, álcool ou a mistura de ambos. A dúvida é sobre qual a melhor opção, pois, antes dos aumentos, encher o tanque com álcool era mais vantajoso financeiramente. Testes realizados pelas montadoras indicam que, para compensar, o álcool deve custar no máximo 70% do preço da gasolina. Se a diferença passar disso, o melhor é usar gasolina, pois o rendimento do automóvel é em média 30% superior ao movido a álcool.

Para saber qual a melhor opção, o consumidor deve multiplicar o valor do litro da gasolina por 0,7. O preço cobrado pelo litro do álcool deve ser inferior ao resultado obtido na conta. Exemplo: se a gasolina custa R$ 2,45 e o álcool R$ 1,54, compensa usar álcool, pois o valor equivale a 63% do preço da gasolina. Nesse exemplo, quando o litro do álcool chegar a R$ 1,71 (equivalente a 70% da gasolina), o melhor é abastecer com gasolina.

As montadoras insistem que a principal vantagem do carro flex, ou bicombustível, é a possibilidade de escolha do combustível. Isso pode ajudar, inclusive, a balizar o mercado, na medida em que o consumidor deixar de comprar um produto - o que resultaria em queda de vendas - e migrar para outro.