Título: Polêmica reacende discussão da Ancinav
Autor: Beatriz Coelho Silva
Fonte: O Estado de São Paulo, 07/01/2006, Nacional, p. A7

Ferreira Gullar diz que a polêmica acabou. Sérgio Sá Leitão argumenta que não quis ofender o poeta. Como um comentário sobre a suposta centralização na pasta de Gilberto Gil e a resposta do Minc qualificando a crítica de stalinista vão parar na discussão sobre a Agência Nacional do Cinema e do Audiovisual (Ancinav) é que são elas. "Boa pergunta", diz Sá Leitão ao Estado. O secretário de Políticas Culturais afirma que a reação raivosa à sua resposta a Gullar foi orquestrada pelo cineasta Luiz Carlos Barreto, a quem chamou de "ex-privilegiado". Barreto, uma das vozes mais fortes do meio cinematográfico, estaria descontente com as regras para distribuição de verbas das estatais, como Furnas e Eletrobrás, que unificaram seus patrocínios em editais.

Totalitarismo e stalinismo à parte, a coisa toda antecede um novo round na política para o cinema brasileiro: a Lei do Audiovisual expira em 2006 e o governo terá de mandar em breve um novo projeto para o Congresso. Como vai ser? Começam as apostas, as inseguranças e as pressões.