Título: Paraná teve prejuízo de R$ 237 milhões com milho
Autor: Sandra Hahn
Fonte: O Estado de São Paulo, 13/01/2006, Economia & Negócios, p. B14

A falta de chuvas no Paraná provocou até o momento prejuízo de R$ 237 milhões somente nas lavouras de milho, a cultura mais afetada, segundo o Departamento de Economia Rural (Deral), órgão da Secretaria de Agricultura. A estimativa inicial é de que foram perdidas 1,2 milhão de toneladas, o equivalente a 13% dos 8,8 milhões de toneladas de milho que se esperava colher nesta primeira safra. A região mais atingida pela escassez de chuvas ¿ que ocorreu justamente no período de floração do milho, em dezembro ¿ é o Sudoeste, onde se estima que 50% do milho esteja perdido.

A soja também está sendo prejudicada, mas em escala significativamente menor ¿ apenas 3%, segundo o Deral. A estiagem tem poupado até o momento apenas a Região Norte. No Centro-Oeste, a perda nas lavouras de milho é de 22%, no Oeste 13%, no Sul 11% e no Norte, apenas 3%.

Somente o feijão está sendo beneficiado pela estiagem, já que está em fase de colheita. Mas se não chover logo, o feijão e o milho de segunda safra não poderão ser plantados.

PARAGUAI

A seca também castiga as principais regiões agrícolas do Paraguai, que fazem fronteira com o Brasil. Claudia Ruser, presidente da União de Produtores de Soja, calcula que a perda é de 700 mil toneladas. Ela baseia sua estimativa no baixo rendimento da colheita no Departamento (Estado) de Alto Paraná, que tem sido de uma tonelada por hectare, em média.

O rendimento normal na região é de 2,6 toneladas por hectare. No ano passado, a quebra na produção de soja, principal produto de exportação do país, foi de 1 milhão de toneladas, o equivalente a US$ 200 milhões.