Título: Viúvas farão protesto e ato ecumênico no local do crime
Autor: Ana Paula Scinocca
Fonte: O Estado de São Paulo, 08/01/2006, Nacional, p. A10

UNAÍ - As viúvas dos quatro funcionários do Ministério do Trabalho assassinados em janeiro de 2004 estão organizando atos em memória dos companheiros para os próximos dias 27 e 28 - quando a chacina completa dois anos. Além de homenagear os mortos, elas querem dar um recado à Justiça. "Estamos acompanhando as investigações", afirma Helba Soares da Silva. "Vamos mostrar que lutaremos até o fim para que os culpados não continuem livres. Eles têm de pagar pelo que fizeram."

O ato do dia 27 será em Brasília. "Vamos pintar os rostos de preto e abraçar um dos prédios do Poder Judiciário", antecipa Helba. No dia seguinte será realizado um ato ecumênico no local do crime, na zona rural de Unaí.

Entre as mulheres que perderam os companheiros, as mais atuantes são a própria Helba, que estava de casamento marcado com Nelson José da Silva, e Maria Inês, casada com Erastótenes de Almeida Gonçalvez. Apenas Helba vive em Unaí, fato que lamenta. "Já cheguei a cruzar com os mandantes do crime na rua", conta.