Título: Nas bombas de São Paulo, preço não se altera
Autor: Fabio Graner
Fonte: O Estado de São Paulo, 14/01/2006, Economia & Negócios, p. B3

O motorista que procurou álcool com preço R$ 0,04 mais baixo se decepcionou ontem, em São Paulo, e o que esperava novo aumento sentiu alívio: os preços não mudaram. ¿Acredito que ainda leve uma semana para que a mudança comece a aparecer¿, comentou Alessandro Ribas Galvão, dono de um posto de gasolina. ¿Primeiro, os donos de postos terão de vender os estoques, para depois verem a que preço comprarão e venderão mais combustível.¿ Galvão ainda não sabia dizer se, passado esse prazo, o preço iria subir ou descer. ¿As companhias estão buscando informações umas das outras, parece que ninguém definiu ainda.¿

O Sindicato do Comércio Varejista de Derivado de Petróleo do Estado de São Paulo (Sincopetro) diz que a discrepância entre os preços do álcool no Estado ¿ que variam de R$ 1,45 a R$ 1,90 ¿ se deve aos estoques.

¿Como janeiro é um mês de movimento mais fraco em São Paulo, alguns postos ainda vendem álcool comprado mais barato e outros já estão com estoques novos¿, diz o diretor Hélio Fiorin. Ele estima que a média de preço esteja em R$ 1,60.

NA REGIÃO PRODUTORA

Um dia depois da reunião entre governo e usineiros, o preço do álcool hidratado nos postos de de Ribeirão Preto ¿ pólo da maior região produtora de cana do mundo, no interior de São Paulo ¿ recuou 6,25%. O litro do combustível caiu de R$ 1,599 para R$ 1,499 em praticamente todos os postos desde ontem.

A vice-presidente da Associação dos Postos Revendedores de Combustíveis de Ribeirão Preto e Região (Aprir), Maria Helena Santos, disse que a redução é fruto do repasse da queda de R$ 0,03, em média, nos preços do combustível vendido pelas distribuidoras e da concorrência entre os postos locais.