Título: 'Tenho simpatia de todos os setores do partido'
Autor: Christiane Samarco
Fonte: O Estado de São Paulo, 19/01/2006, Nacional, p. A9

O governador do Rio Grande do Sul, Germano Rigotto (PMDB), admitiu ontem, em entrevista ao Estado, que há resistências internas à sua candidatura. Avaliou, porém, que conquistou ¿muita simpatia¿ de todos os setores do partido e pode unificá-los. Ele avisou que não se assusta com a vantagem do ex-governador Anthony Garotinho, também pré-candidato. Abaixo, os principais trechos da entrevista: Por que o senhor desistiu de tentar se reeleger governador?

Meu governo está bem avaliado e a pesquisa Ibope divulgada no fim de semana mostra que eu seria reeleito em qualquer cenário. A rejeição a meu nome é de 16%, muito baixa para quem governa. Mas o fato é que, desde que assumi o governo, tenho me manifestado contra a reeleição. Acho que mandato de 8 anos é longo demais.

O presidente do Senado, Renan Calheiros (AL), do seu PMDB, lançou a candidatura de outro gaúcho: o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Nelson Jobim...

Jobim me disse que não participa das prévias e não é candidato. Tampouco vejo espaço para uma candidatura lançada pela cúpula do partido. Estou certo de que tenho condições de vencer as resistências dos que são contra as prévias e dos que preferem se coligar com o PT ou o PSDB. Tenho muita simpatia de todos os setores do partido e até os mais resistentes à candidatura própria não fazem restrição ao meu nome.

Qual é o seu trunfo contra o ex-governador Anthony Garotinho, que já está em campanha?

Eu saio atrás, mas a minha candidatura é competitiva. Tenho toda a possibilidade de vencer, mobilizar a militância, pois tenho identidade com o PMDB. Tenho passado no partido e história pessoal, com o trabalho que fiz no governo. Minha eleição para governador é que foi considerada impossível. Eu saí com 2%, mas venci.