Título: Intel e Yahoo derrubam as Bolsas
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Fonte: O Estado de São Paulo, 19/01/2006, Economia & Negócios, p. B9

As empresas de tecnologia voltaram a prejudicar as bolsas de valores no mundo todo. Na noite de terça-feira, após o fechamento do mercado americano, o Yahoo e a Intel divulgaram seus balanços, considerados negativos por muitos analistas. Horas depois, a maré de baixas começou no Japão. A Bolsa de Tóquio teve de encerrar o pregão 20 minutos mais cedo para evitar perdas maiores. A administração do mercado japonês tinha alertado que que as transações seriam suspensas se as ordens de compra e venda atingissem o limite e esse aviso aterrorizou os investidores, que correram para vender ações, derrubando mais de 700 pontos do índice. O Nikkei fechou em baixa de 464,77 pontos 2,94%), a maior a maior queda em pontos desde maio de 2004.

O presidente da Bolsa, Taizo Nishimuro, atribuiu os problemas ao aumento do volume de negócios na esteira da investigação que a Promotoria Pública de Tóquio realiza na companhia de serviços de internet Livedoor. A investigação desencadeou um derretimento nas ações do Nikkei, que acumular uma perda de 5,7% nos dois últimos dias. Mas nesta quinta-feira, a Bosa de Tóquio abriu em alta.

Influenciadas pelo Japão, a Bolsa de Frankfurt recuou 1,18% e a de Milão, 0,90%. ¿As quedas provocadas por Tóquio devem durar pouco e alguns investidores podem usar isso como uma oportunidade de compra¿, disse um operador alemão.

No mercado londrino, o recuou chegou a 0,62%. E na Bolsa de Paris, 0,73%. Em Nova York, as empresas de tecnologia desabaram. As ações da Intel caíram 11,45% e as do Yahoo, 12,29%. Esses recuos levaram o índice Nasdaq, com as principais empresas desse setor, a recuar 1%. Já o índice Dow Jones teve uma baixa de 0,38%.

Os analistas, porém, não estão alarmados. Segundo eles, esses recuos são principalmente realizações de lucro, quando os investidores vendem os papéis para aproveitar os preços em alta.

¿As pessoas não estão em pânico por causa do Japão ou algo assim¿, garantiu Russ Koesterich, gerente de portfólio da Barclays Global Investments.