Título: Bolsa bate o sexto recorde do ano
Autor: MARIO ROCHA, SILVANA ROCHA, LUCINDA PINTO
Fonte: O Estado de São Paulo, 20/01/2006, Economia & Negócios, p. B10

Após duas realizações de lucro, o Ibovespa fecha em 36.858 pontos; dólar tem a terceira alta seguida

Depois da realização de lucros dos dois dias anteriores, o Ibovespa recuperou as perdas e bateu o sexto recorde de pontuação no ano (36.858), em alta de 2,94%, com giro financeiro de R$ 2,064 bilhões. Nenhuma ação do Índice Bovespa caiu. Mas o dólar teve a terceira alta seguida, de 0,22%, para R$ 2,328, enquanto o paralelo ficou estável em R$ 2,51. Os juros futuros projetaram queda, o risco país recuou 2,41%, para 284 pontos, e o A-Bond ganhou 0,55%, vendido com ágio de 10%.

A melhora no ambiente internacional, o fluxo externo e o ajuste ao corte da Selic motivaram o comportamento positivo da Bolsa paulista. O Ibovespa acumula alta de 10,17% em janeiro. Depois da queda generalizada dos principais mercados acionários, na quarta-feira, o cenário externo se estabilizou. A Bolsa de Tóquio subiu 2,3% e teve o maior ganho em pontos desde junho de 2002.

Na Bovespa, os ¿vendidos¿ que apostavam numa redução menor do juro básico tiveram de repor suas posições e saíram às compras.

¿Os `vendidos¿ que apostavam num corte de 0,50 ponto porcentual da Selic foram surpreendidos¿, comentou um operador. Outro observou que a Bolsa está firme, com volume, mas também está num ponto que chama uma realização de lucros mais forte.

As maiores altas do Ibovespa foram de Celesc PNB (7,64%), Unibanco Unit (6,13%) e TIM Par ON (5,84%).

Apesar da melhora externa, o comercial subiu. Mas a redução em 50% da oferta de swap reverso no leilão previsto para hoje poderá levar o dólar a se enfraquecer. O Banco Central oferecerá 4.250 contratos de swap reverso, em vez de 8.800, e só 3 vencimentos, em vez de 4.

O corte de 0,75 ponto da Selic reforçou o movimento de redução de posições ¿vendidas¿ em câmbio iniciado terça-feira, por causa da expectativa de que o Copom dará continuidade à redução do juro básico, em março.