Título: Risco tem nova mínima recorde
Autor: MARIO ROCHA, LUCINDA PINTO
Fonte: O Estado de São Paulo, 21/01/2006, Economia & Negócios, p. B10

Indicador cai 1,42%, para 278 pontos; Ibovespa tem a 3.ª queda na semana; juros futuros projetam ligeiro recuo

O risco país voltou a atingir nova mínima recorde, 278 pontos, em queda de 1,42%. A marca mínima anterior havia sido registrada dia 11, com 279. O Ibovespa fechou em queda de 0,44%, depois de ter batido, quinta-feira, o sexto recorde de pontuação de 2006. Os juros futuros projetaram ligeiro recuo e o A-Bond perdeu 0,27%, vendido com ágio de 9,80%.

Na semana, a Bovespa teve três resultados negativos, mas ainda assim registrou valorização de 2,22% no período. Ao longo do mês, o avanço é de 9,68%. O movimento financeiro recuou para R$ 1,636 bilhão.

"A tendência da Bolsa, este ano, é de alta. Começou o ano 'bombando', e agora está mais equilibrada porque o cenário doméstico é favorável. Mas lá fora há algumas incertezas, principalmente em Wall Street e no petróleo", comentou um operador. O Ibovespa chegou a cair mais de 1% durante o dia, mas na última hora do pregão os preços se recuperaram um pouco.

Houve espaço para a realização de lucros, principalmente por causa da alta do petróleo futuro e do desempenho fraco das Bolsas de Nova York.

As maiores altas do Índice Bovespa foram de Usiminas PNA (3,24%), Light ON (3%) e Cesp PN (2,20%). As maiores quedas foram de Embraer PN (3,23%), Gerdau Metalurgia PN (3,20%) e Tele Leste Celular PN (3,04%).

O mercado de juros oscilou pouco. As taxas futuras abriram em queda, reagindo à notícia de que o Banco Central reduziria pela metade o volume ofertado no leilão de swap cambial, e assim permaneceram. "As notícias relevantes para o mercado de juros vieram quinta-feira, e por isso não houve fôlego para movimentos importantes", disse um operador.

A expectativa é pela ata do Copom. A dúvida é se o corte da Selic de 0,75 ponto porcentual foi apenas uma correção no ritmo de alívio monetário ou se o Copom pensa em cortar com mais intensidade o juro.